Desa**ombrado Eu desa**ombrei Eu pensei que o mala**ombro Fosse maior do que eu Ói, meus senhores Vou contar minha odisséia: Viajei no pé da idéia Prá tecer este cantar E galopando No chitão de minha burra Fiquei preso numa furna Sem poder mais cavalgar Eu tive medo Vi tudo da cor da noite Um ente com uma foice Querendo me degolar Eu me azouguei E disse prá ele se tremer: Mando-o pro diabo comer Com farofa de embuá No outro dia A brazucã me apareceu Minha alma esrtemeceu Eu fiquei pra me acabar Aí pensei: Me valei nossa senhora Não me leve nessa hora Ainda quero vadiar Devagarinho Fui ponteando a rabeca Me lembrei de minha terra Pra eu me desanuviar E descancei! Mas não pense que sou covarde Eu carrego um bacamarte Quando quero atiro, pá! Corri as terras No trote da caluzinha Não pensei que o mundo tinha Tanta coisa pra ajeitar Fui à tchechenia Dei um pulo lá na china Estava na conchichina Tentaram me despachar Mais viajando Vi branco mulato negro Nas ruas de sarajevo Vi o mundo se acabar Eu vi os jatos Pelos céus fazendo zum...! Ouvi as bombas, tebedum! Os fuzis ta-ra-ta-tá!!! E refreando A pisada do meu trote Vou findar o meu galope Com os olhos na beira-mar Eu vi um anjo No cordão das bonitezas Me dizendo miudezas Que era para eu sossegar Limpei a vista Sacudi o meu calvário Nas contas do meu rosário Prossegui meu caminhar É manga-espada É manga-rosa, é manga-roxa Essa é minha trouxa Vou por aí desa**ombrar