Quando penso em ti, rincão querido, Deixo estirado o maneador na estaca E me recordo daquela indiada taca E de muitas mágoas que tenho sofrido. À tardinha., quando o sol se esconde, Vem a saudade me mudar de pasto. Eu a cabresto vou deixando o rastro E fico pensando sem saber aonde. Lusque-fusque, vejo o fogo no galpão Ouço a cordeona num soluçar tristonho Longe do pago me representa um sonho
E sinto bater forte no peito o coração. Ouço o cincerro da velha égua-madrinha, Quero-quero gritando lá no baixo. Fico alegre quando alguém me quebra o cacho E vou ver a china linda que foi minha. De madrugada, ao romper da aurora, Cheio de pranto que meu peito afoga, Tenho vontade de rebentar a soga E ir relinchando pela estrada afora.