Às vezes me encontra num dia Em meio ao revés da alegria Me escolhe, me toma e me guia Sem ela de que valeria? Um pulsante som do estribilho Um trem carreado no trilho Um clarão vermelho em seu brilho Uma casa cheia de chão vazio E por ora sou um mendigo E agora me lembra o perigo Que é envelhecer sem abrigo
Sem ela eu não saberia O que é amar sem querer nada O que é varar uma madrugada (cantando) Estar a beira de mil abismos Lembrar como é queimar no frio Está na luz que se apaga Na minha pequena deitada em sono de paz Na minha hora mais cara É só poesia que está na luz que se apaga