[Verso 1] Ainda lembro, dos "boot" sujo em calçada molhada Lembro dos joelhos ralados em calça desfiada Lembro do quando é duro caminhar Com a chuva batendo nas tuas costas Implorando pra você parar Seus cadarços amarrados pra você tombar Os degrais mais altos pra tu tropeçar Tua alma lavada fica sempre mais calada Quando a madrugada Vem e bate forte, te deixa pensar No sentido de você existir Mais, no sentido de estar por aí Faz tanto tempo que ando querendo dizer tudo que sinto E não consigo por não ter alguém presente pra sentir O que se pa**a por dentro da minha cabeça Não importa o que aconteça, juro em crença Que você não vai entender... Vivo problemas mas não descrevo-lhe as cenas Porque apenas um ser, é que liga o meu proceder [Refrão] Não sei o quanto aguento suportar Mas sei o quanto o mundo pode te julgar Eu sei o quanto uma dor pode te fazer chorar Por isso enquanto eu tiver voz, pro mundo inteiro eu vou gritar Não sei o tanto que eu aguento segurar Mais sei o quanto que eu rezo pra aguentar Eu sei o quanto que o barulho do gatilho a**usta Quando tá apontado pra sua nuca e ainda digo: Vem buscar! [Verso 2] No meio do escuro, iludido, já fiquei perdido Já nem mensuro os inimigos que me querem caído Já fui excluso de onde não era bem visto E fui expulso de onde não era bem vindo Sem caminho traçado fui mais pro fundo Quantas "veiz" já escutei que sou safado e vagabundo Mas se pode falar, tu não me abala rapá No pega pra capá sou eu que vou dar minha cara pro mundo Pros tais fortes exercerem sua covardia, fina Pros maestros regerem sua sinfonia Pois aquele que tem medo de viver não é merecedor, eu sou E agraço por tá vivo ainda Sei que onde há dores é difícil suportar Sei que quando o corpo treme é difícil parar Mas também sei que toda chance é rara e devo aproveitar Pois quando o cano tá na cara a reza é pro cilindro não esquentar!
[Refrão] Não sei o quanto aguento suportar Mas sei o quanto o mundo pode te julgar Eu sei o quanto uma dor pode te fazer chorar Por isso enquanto eu tiver voz, pro mundo inteiro eu vou gritar Não sei o tanto que eu aguento segurar Mais sei o quanto que eu rezo pra aguentar Eu sei o quanto que o barulho do gatilho a**usta Quando tá apontado pra sua nuca e ainda digo: Vem buscar! [Verso 3] Mais um na luta, não vou deixar que um filho da puta me pare Que as feridas do pa**ado, todas sarem E os que apontaram dedos, julgaram os medos, criaram enredos Qualquer ideia dessa já não vale Não faço pedido ou dou ordem, qualquer proposta Nem vou sujar meu dedo com uma par de bosta Tô cansado de apertar ferida, a dor já foi sofrida, minha despedida Agora pode seguir com tua aposta O inimigo não me a**usta Encima das dificuldades tudo que é de bem se ajusta Colocaram a glória à venda e quanto custa? (hã?) É o preço da tua liberdade sem uma causa justa Não sou o dono da verdade, pode pá Mas pode pá que eu sou de verdade, pode acreditar Sou guerreiro e guerreiro que é guerreiro quando cai Se ajoelha, se levanta e sobre gritando: Vem buscar! [Refrão] Não sei o quanto aguento suportar Mas sei o quanto o mundo pode te julgar Eu sei o quanto uma dor pode te fazer chorar Por isso enquanto eu tiver voz, pro mundo inteiro eu vou gritar Não sei o tanto que eu aguento segurar Mais sei o quanto que eu rezo pra aguentar Eu sei o quanto que o barulho do gatilho a**usta Quando tá apontado pra sua nuca e ainda digo: Vem buscar! [Ponte] Não sei o quanto aguento suportar Não sei o tanto que eu aguento segurar Eu sei o quanto uma dor pode te fazer chorar E ainda digo: Vem buscar! [Outro] Força irmão, força! Eles não podem nos parar Ninguém pode nos parar! É nóiz