Quatro da manhã Dor no apogeu A lua já se escondeu Vestindo o céu de puro breu E eu mal vejo a minha mão A rabiscar esboço de canção Poesia vã Pobre verso meu Que brota quando feneceu A mesma flor que concebeu Perdido na alucinação do amor
Acreditando na ilusão Canto pra esquecer a dor da vida Sei que o destino do amor É sempre a despedida A tristeza é o grão Saudade é o chão onde eu planto Do ventre da solidão É que nasce o meu canto