[Verso 1: Leo]
Na imensidão de cores, dialetos e etnias
A segregação impera, o campo de combate é vasto
É onde eu vejo os corações e carcaças vazias
Onde o ban*l impera, a vitória não tem espaço
É a cidade, onde até o ar de envenena
Onde toda solução sempre gera novos problemas
Lágrimas regam o piche infértil que nos foi imposto
E a gente a**ina o contrato pra morte que nos foi proposto
Pra mim, é um bailado de trapaças, esse jogo
É a**im, desde que o homem aprendeu a lidar com o fogo
Fome e destruição, mas eu faço parte
Por aqui, sua vida vale pouco como a arte
Nós trocamos as verdades por mais que sejam tristonhas
Por mentiras maquiadas, ilusórias e risonhas
A maldade páira sobre o céu durante o dia
E se a noite cair providencie extrema unção à alegria
[Refrão: Leo e Neto]
Um pa**o, em falso pro jogo virar
Um pa**o, errado pra uma mãe chorar
Na cidade, esse pa**o não terá perdão
Um compa**o, pra narrar um pa**o dado nesse chão
[Verso 2: Leo]
Em meio a isso, a vida custa cada vez mais caro
A frustração e ganância habitam cada ser vivo
Atos bondosos se tornam cada vez mais raros
Entre carros e prédios, a frustração é o incentivo
Para o fraca**o, que faz sua morada nos corações
Enquanto as situações fabricam bandidos
Parece que a maldade tá vencendo as orações
E o Judas em meio a isso, pa**a despercebido
Já que, ninguém mais se preocupa com o futuro
O presente já não existe a**im como corações puros
Moleque sem malícia, poço de honestidade
Escuta falar das verdes, o olho exala maldade
A ganância contaminou, a cidade e seus arredores
Esse vírus atingiu as entranhas dessa nação
As esperanças por mudanças e por dias melhores
Perderam lugar, pro asfalto e pra construção
[Refrão: Leo e Neto]
Um pa**o, em falso pro jogo virar
Um pa**o, errado pra uma mãe chorar
Na cidade, esse pa**o não terá perdão
Um compa**o, pra narrar um pa**o dado nesse chão