Nossas praias
Tem mais latas
Mais mulatas, matas virgens
Nossos desertos cada vez mais perto
Nosso destino menino a viver de chicletes
Mentex, quentlex
Aquarelas o tempo amarela
Fontes secam em silêncio
Emudecem todos os pandeiros num paciente adeus
E um garoto pobre o que é que pode?
Numa banda de rock cair no pagode
Quando rola o ronca da barriga
É um tresoitão na mão
Aids, apartheids nas cidades... putrefatas, mal cheirosas
Tão sestrosa outrora a vida pa**a
Já senhora
Decadente
Nas brasílias da miséria roda sua bolsa
Como pode
Hedonistas do país
Uni-vos
Ai meu Brasil, que se perdeu
Sem conhecer um apogeu
Esses solos tão férteis
Esses campos tão meus
Quem abençoou foi Deus, foi Deus, foi Deus