Minha tarde é feita de jornais
E de revistas, do som dessas buzinas
De sinais, dos filmes em cartaz
Que vou fazer?
Minha tarde é toda pelas ruas
Da cidade, desse trânsito infernal
De a**alto a trens e bancos
E a polícia não tem pistas
Que terror, é sempre a**im!
Que vou fazer?
Por isso minha noite pode ser, quem sabe
Só de s**o, de bares, de jantares
De jograis, de batidas ou de uísques nacionais
A manhã enfeita meu silêncio
Minha mãe me desperta, faz café pelo sinal
Mas só me acorde quando o dia já for tarde
É sempre a**im, que vou fazer?
É sempre a**im!
Lábios que beijei
Mãos que eu afoguei
Numa noite de luar