É dia de fanfarra
E eu não posso me atrasar
Se digo que não vou
A banda vem prá me buscar
No meio da retreta
Vou tocar meu bombardão
Num cano de saudade
Vou soprando a solidão
Garrafas atiradas
No caminho já deixei
Vazias da certeza
Que com elas procurei
Na banda da ilusão
Tocando bombardão
Eu disse sim
A vida disse não
São tantos instrumentos pela vida
E essa gente distraída
Vai levando a sua cruz
Tem uns que tocam tudo e outros nada
Vai tocando nessa estrada
Quem não toca, não traduz
Eu toco essa amargura atravessada
Essa dor desesperada
Essa vontade sem vontade de viver
É a lei da vida amor
Tocar pra não morrer
É grande a minha história
Nem dá tempo de escrever
No meio de uma frase
Qualquer dia eu vou morrer
E as contas que ficarem
No meu terço por rezar
São versos de um poema
Que eu nem pude terminar
À noite eu sempre durmo
Na esperança de morrer
Mas logo vem a banda
Me acordando pra viver
Sem outra solução
Eu pego o bombardão
E vou tocar na banca da ilusão
São tantos instrumentos pela vida
E essa gente distraída
Vai levando a sua cruz
Tem uns que tocam tudo e outros nada
Vai tocando nessa estrada
Quem não toca, não traduz
Eu toco essa amargura atravessada
Essa dor desesperada
Essa vontade sem vontade de viver
É a lei da vida amor
Tocar pra não morrer
É grande a minha história
Nem dá tempo de escrever
No meio de uma frase
Qualquer dia eu vou morrer
E as contas que ficarem
No meu terço por rezar
São versos de um poema
Que eu nem pude terminar
À noite eu sempre durmo
Na esperança de morrer
Mas logo vem a banda
Me acordando pra viver
Sem outra solução
Eu pego o bombardão
E vou tocar na banca da ilusão