Pobre de mim que não tenho pedigree, Vivo esperando uma luz, um blues, um sim. Se não me vem não tem de quê, Arrumo um jeito pra esquecer E canto a**im. Num outro dia eu caí, me espatifei, Levei um tombo e rachei meu pincenê. Eu vi estrelas e foi bom: Nasceu a dor e o céu luziu. Cantei a**im. Num outro dia vi o diabo atrás de mim. Um par de córneos e uma capa carmesim.
Como é bonito ser a**im. Beijei o diabo e disse a**im, Eu disse a**im. Depois por fim, numa nuvem cor de anis, Anjo divino enterrou a espada em mim. E no entanto agradeci Pela beleza que há em ti, Que há em ti. Pra terminar, resolvi chegar ao fim, Arsênico e HIV pra mim. Confesso não me arrependi, O abismo é bom, vamos cair, Vamos cair.