Minha pele racha como chão dessa terra Que nao pertence a essa gente E nem por ser ela se encerra De outra era, só eu e meu cavalo Rumo ao vazio a procura da esperanca Que brota da beira do rio Que nao existe a seis meses no nosso estado Na secura da garganta o grito vive calado E eu pego no sono pra ver se esqueco a fome Com dignidade mesmo sem ter sobrenome Venho contar a historia do meu povo E eu fario o mesmo se precisa**e sofrer de novo Pra entender o tal homem da sucursal Eu vim do fundo do sertão ao seio da capital Pois, eu sou um pedacinho de nada De um pedacinho de cada Dentro de tudo que existe Saudade do batuque de casa O coração vive em brasa E nessa jornada persiste Eu sou um pedacinho de nada De um pedacinho de cada Dentro de tudo que existe Saudade do batuque de casa O coração vive em brasa E nessa jornada persiste Um só castiga Ferra muita gente Um só castiga Ferra muita gente Quem nao acha que diga Quem nao acha que diga Que a seca onipresente Aqui a seca é onipresente
Aqui a fome é onipresente O céu é mais baixo Mas ainda sim deus não escuta E a vida dá seu esculacho Eu vim do sertã, lá aprendi a rezar Com meus pais aprendi a todos respeitar Mas não venha, não venha Querer me humilhar Senão é bom que tenha tenha Coragem pra me enfrentar Brigar comigo Brigar comigo Eu não sou de afrochar Nem de a cabeça abaixar Pois, eu sou um pedacinho de nada De um pedacinho de cada Dentro de tudo que existe Saudade do batuque de casa O coração vive em brasa E nessa jornada persiste Eu sou um pedacinho de nada De um pedacinho de cada Dentro de tudo que existe Saudade do batuque de casa O coração vive em brasa E nessa jornada persiste Eu sou um pedacinho de nada De um pedacinho de cada Dentro de tudo que existe Saudade do batuque de casa O coração vive em brasa E nessa jornada persiste Eu sou um pedacinho de nada De um pedacinho de cada Dentro de tudo que existe Saudade do batuque de casa O coração vive em brasa E nessa jornada persiste