[Scratchs]
(Acreditamos que o povo negro)
(Vencerá eles)
(Com vocês)
[Verso 1]
Sou eu, neguin di kebra
A vida é a posse que nóiz celebra
Eles querem fechar o caminho
E preconceito se abre nos rolezinho
O drama nóiz vive, progresso nóiz flerta
Enquanto a paz dorme, cidade alerta
A briga ninguém compra, só vende
Ibope pro Datena e Resende
Acende o estopim
A brisa do burguês, corta pra mim
Me agora pra fazer um dim
Vai me odiar se eu pisar no seu jardim
Pra eles Chandon, pra nóis é Raid
Veneno, um brinde ao Apartheid
É nóis mesmo, tem que resistir
Porque não é proibido existir
[Refrão]
A quebrada é um lugar bom
Mas ninguém pode moscar
Muito mais do que ter o dom
É, fazer um corre, buscar
Os muleques tão a milhão
Ninguém joga pra perder
Neguin de kebra
Fechou, vamo se envolver
[Verso 2]
Neguin di kebra, da quebra eu sou cria
Viaturas no fervo, ai é fria
Nas minha, alguns cara se perde
E as linhas que eu falo não é estria
Sem guia, corra, não pare
Quebrada versão humana do safári
Ó, rei leão perde o comando
Manifestação, as hienas em bando
Observando a selva, as cobra, os cururu
Rango para os fera, carniça para os urubu
A quebrada muda parte do seu visu
E a rotina se repete tipo djavu
Um preto com gás que nem Pepsi
A vida me atrai, tipo mulher s**y
E que se nós não cola
Repete-se o ciclo, nave não decola
Ai não rola
[Refrão]
[Verso 3]
Vejo as damas se derreter
SP, 011, é o DDD
Ei jow, segurança ta olhando o que?
Minha vida não é um show, tipo BBB
Curiosos eu sei que deixo
Herança do meu pai e a barba no queixo
Os kit da hora, lá vem o negão
Artista, ladrão, qual será o meu eixo?
Ham! Favela, lucro, sucesso
Mas pra favela não tem ingresso
Ó, é a maquina, tudo tão trágico
Faltam o básico, vendem excessos
Ó, doutor, se tem noção?
Propaganda, crediário e as promoção
Consuma ou suma, eis a questão
É fácil por a culpa na ostentação
[Refrão]