[Verso 1]
Éramos seis ou sete pivete
Que sonhavam em poder sonhar lá aos 17
Tudo era tão distante nem tinha internet
Danone em pneu de bike pra fingir ser Mobilete
Na casa da Naldete, o Alan de rolimã um jet
Sem setlist, nem blacklist
Pra jogar fliperama ia catar latinha
Não tinha nada, mas tinha mais que quem pensou que tinha
Eu tinha meus amigos, era suficiente
Pra festa ou pra treta, é nóiz, sai da frente!
Quando lembro da gente e me deixo sentir
Eu sinto tanta vontade de chorar que dá vontade sorrir
E se eu caísse aqui, sei bem que alguém tava por vir
Só me arrependi pelo tempo que eu não tava ali
E se a moda agora é ostentação, deixa comigo
Invés de nome de carro eu falo nome dos amigo
[Refrão]
Hey, irmão!
Me diz como você tá
A saudade ainda vai me matar
A saudade ainda vai me matar, é
Lembra?
Quando tudo era fácil a gente achava difícil
Mas era bom demais
Tempo que não volta mais
[Verso 2]
Amigos são um em um milhão
Agulha do palheiro que caiu na sua mão
Mais água no feijão, a mágoa sem razão
A divisão do pão, primeira e última comunhão
Amigos são alegria da gente
Saudade mais latente, lembrança mais presente
Um churrasco na laje, uma madrugada fria
A espera pelo ônibus, o Sol que traz o dia
Amigos são aquele carro que pega no tranco
Um pedaço do lanche, a companhia na fila do banco
Conselho salvador, risada por besteira
A manhã de segunda e a noite de s**ta-feira
Amigos são a coragem que enfrenta o nosso medo
Amigos são o cofre pra guardar todo segredo
E se contar nos dedos quantos amigos tem
Se encher uma mão você já tá muito bem
[Refrão]
Hey, irmão!
Me diz como você tá
A saudade ainda vai me matar
A saudade ainda vai me matar, é...
Lembra?
Quando tudo era fácil a gente acha difícil
Mas era bom demais
Tempo que não volta mais