Não tenho forças p'ra lutar
Nem ideias p'ra expressar
Não tenho cores p'ra te pintar
A indolência que há em mim
Hás-de crescer e hás-de ser
Aquilo que eu desenhei
Assim me disse quem me colheu
Depois de me alimentar
Hás-de ser o que eu quiser
Vais fazer o que eu disser
Não importa se a vontade não vier
Não tenho histórias p'ra contar
Nem rebentos p'ra semear
Não trago sonhos p'ra sonhar
O sonho não cabe em mim
Hás-de crescer e hás-de ser
Aquilo que eu não serei
Assim me disse quem me escondeu
Da luz do Sol e do mar
Hás-de ser o que eu quiser
Vais fazer o que eu disser
Não importa se a vontade não vier
Abram alas, abram portas, vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ra acatar
Abram alas, abram portas, vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ra agradar
Abram alas, abram portas, vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ráqui estar
Abram alas, abram portas vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ra acatar
Hás-de ser o que eu quiser
Vais fazer o que eu disser
Não importa se a vontade não vier