Andei de pressa para não rever meus pa**os
Por uma noite tão fugaz que eu nem senti
Tão lancinante que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi
Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir
Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei história minha pruma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu
E nessa saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre os sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito atingido se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar
Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa a**im
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar
E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar
E nessa saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre os sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei história minha pruma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu
E nessa saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre os sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer