[Intro]
Tu acha que esses maluco da Cone tem futuro?
Esses maluco da Cone é tudo mongol, cara...
Isso aí. (É...)
Olha eles ali, mano, olha ali ô... Aê, quando é que sai o CD?
Cadê, cadê o CD mané? Hahaha.... Ih!
[Refrão]
Lembra quando diziam
Que esses caras da Cone são sem futuro e tudo mongol
O mundo dá voltas!
Eu sei, eu sei, eu sei, eu sei
Lembra quando eles riram
Desigualdade na infância uns mini buggy outros só tem futebol
A pipa e o cerol, embaixo do sol eu andei
[Verso 1: Rany money]
Até ontem matuto era tiradão de maluco
Mas fazer um show nosso hoje em dia é um dos bagulhos que da mais lucro
Só porque eu andava duro e uns diziam "esse ai é sem futuro"
Tu ficou em cima do muro hoje sou eu quem não lhe aturo
No escuro escrevo e me curo
De escudo bruto pros furos o mic
Eu nao penduro juro até que esteja seguro
Até então era burro, na faca dava murro
Mas tive a capacidade e transformei em grito um susurro
Não sei se é a lei da atração que me transformou em atração
Ou se foi a força de um rei que tive pra superar frustração
Quem é o responsável por essa má administração?
Eu também quero um castelo e uma carruagem com tração quatro por quatro
Minha maior distração ainda é o free 4 por 4
Uma mina felina bem fina de quatro no quarto
Minha sina te fascina e eu nem me enquadro no quadro
Igual c**aína e heroína meu som vicia no ato
[Verso 2: Batoré]
Me disseram cante funk, que eu ia ter varias amante
Princesinha tipo Sandy, bunda grande e ignorante
E que esse tal de Rany Money só ia usar terno da Armani
Eu ia ter um carro land, ando a pé então que se dane
Chega a ser irritante pior que auto falante
Que acompanhar então ande, porque já tamo distante
Nem preciso de um calmante, o som é emocionante
Só CD merda na estante, ConeCrew vendeu bastante
Nego bola quando expande, meu som doido me garante
Meus ouvidos tolerantes já não são mas como antes
Pra você ser semelhante,vive um filme bang bang
To cansado igual fumante(ha) 1 pulmão restante
Mermo a**im com perfumante, que neguin chama de blunt
Sou MC e não traficante, nossa mafia não é gang
Nunca fiz apologia, rimas contra burguesia
Se eu aticei demagogia, eles querem guerra fria
[Refrão]
[Verso 3: Maomé]
No mundo em que fui criado, valores adulterados
Tudo errado, nada é certo, princípios manipulados
O que vale é a aparência de playboy robotizado
Eles não usam a inteligência, martirizam o importado
Te chamam de pobre se tu estuda em colégio do estado
Atestado e comprovado, o mundo nunca vai mudar
Cada um 1 que usa nike, 30 usam da C&A
15 usam roupa falsa e o resto não tem o que usar
Pet Cola ou guaraná? Já bebi água da vala
A árvore era meu banheiro e o asfalto minha sala
E hoje tu se cala quando tu a**iste o meu bonde pa**ar
Pra poder sair da lama eu fui pro palco batalhar
Derrotei, fui derrotado e ganhei mais do que perdi
Tirei lágrimas do publico, emociono e faço free
Se eu falo e tu quer ouvir hoje brilha minha trilha
Eu faço rap é por comida no prato da minha filha
[Verso 4: Cert]
Lembro, da minha caminhada, só topada
À cada degrau da escada, à cada grau da escala
Mas vivi, venci, sobrevivi, vi, poesia
To aqui, senti, resisti, tua profecia
O meu final era triste, tu insiste, hoje é só whisky
Haxixe, mix, fetiches, duas minas de sanduíche
Quantas, xotas, notas, kilos, comigo viram no porte
Quantas, trocas, rotas, inimigos, me viram forte
Mas eu lembro quem é quem, nunca esqueço um porém, vêm cheio de falsidade hoje, o que vai volta, também
E meu rumo procuro, minas que furo, diamante puro, vale meu surto
Lembra? Sou o mermo menino que não tinha futuro
Quêm não é visto, não é lembrado, então, fui visto
Meu visto, invisto, pra fazer meu show sinistro
Meu disco, misto, vai tocar até no ouvido de cristo
Persisto, cisco, pros pelas e pras minas eu pisco