Te falta o gesto largo, a ébria poesia Te sobra a pequeneza, as pequenas certezas Como Agenor dizia A vida não te intoxica enquanto contas trocadas Não vês o anzol e a linha da vida que pa**a ao teu lado Te falta subir ao mais alto, te falta descer ao mais baixo Te sobra a maldita prudência, alegrias compradas a prazo
Ao invés de viver, sobrevives, sacrificas o essencial Não choras de dor em finados, não gritas de amor carnaval Cometes então, que surpresa! o sacrilégio final Não vês a fugaz e humana beleza e sonha em ser imortal