[Verso 1]
Medo, no gogó me vem aquele nó
Eles são seis ou sete e eu só
Um logo me viu e já tomou a trilha
Pra chamar o resto da sua quadrilha
Meus manos não estão aqui comigo
Eu não vou conseguir retroceder
É o teste para o capitão Rodrigo
Na mente eu tenho o plano traçado e não vou correr
Perigo, pois conheço a turma dos navalhas
Eles usam armas brancas, mas a luta é falha
Sei que o chefe dessa gangue é o Zé Medalha
Ele é bom, mas vive cheio de parafernália
Bato em uma calha e um cano cai
Sei que tudo vai dar certo em nome do Pai
Cinto enrolado na mão
To preparado pra entrar em ação
[Refrão]
Punhos cerrados pra guerra
Pois o guerreiro de fé nunca gela
Rompo fronteiras, quebro barreiras
Desta maneira, eu sempre vou
Punhos cerrados, pronto pra guerra
Este guerreiro de fé nunca gela
Mesmo sozinho, neste caminho
Quebro espinhos, hoje eu aqui estou
[Verso 2]
O primeiro vem seco, certeiro vai o soco
Dormiu sem travesseiro o tal caboclo louco
Meus punhos doutrinados pra quebrar uns cocos
Mesmo a**im não me livrei do sufoco
Faltam cinco e todos eles cheios de maldade vêm
Mas nenhum daqueles cinco a qualidade têm
O mais baixo vem pra cima feito um trem bala
Me esquivo e no chão ele rola
O baixote na vala erra o bote e decola
Outro vindo pra cima, meto no peito a sola
Ele rola a ladeira e eu vou descendo a madeira
Só na ginga matreira da capoeira de Angola
Só na ginga matreira da capoeira de Angola
Levo outro a knockout, outro gruda na gola
Cotovelo que bate mais um queixo esmigalha
Eles saem correndo pode vir Zé Medalha
[Outro]
Ai... Vamo lá chamar o chefe
Vamo, vamo...
Esse cara é foda, vamo lá, vamo lá, corre! Ai, ai caráio! Socorro, chefinho, chefinho...
[Refrão]