[Intro: Sant] Ê, ê, ê ê
Vandalism81 (Vandalism81)
(Ah, ah) Você é do tamanho do seu sonho
(Você é do tamanho do seu sonho tá ligada não?)
O mundo ao norte (tá ligado não?)
Aí
[Verso 1: Sant] Pesadelos acordados
Sonhos pesados são requiens
Aos quem ficaram, não recuem
Apesar dos danos dados
E cansados ombros, nós damos sangue
Tamanha fome da gangue, é o bang
Esse mundo não é um jogo de dardos
Covarde, não esqueça
Ele é um boomerang
Bença, mãe
Tô indo pra luta
Esquivando do luto
Como todo correria
Tento voltar mais cedo
Pensa, mano
Nossas vidas vão num vulto
Com 12 anos, nossas filhas viram adultas
Amanhecemos coragem, mas
Toda noite, sempre dormimos com medo
Ontem, desvendei o segredo
Do hoje, o agora
Cantei só pra te provar
Rogê, “Minha Glória”
Depender de quem?
Faz você sua história
A resposta tá dentro, não pergunte fora
Temos a altura que queremos
Se nos faltar pés, creremos
Sem olhar pro chão, saltemos
E, o Sol, traremos (Sant)
Com o que concluíram improvável
Completei poesia
E o que calcularam impossível
Foi a meta do dia
Clássico igual Tujaviu nas paredes
Meu disco, quem arriscaria?
No frio, na fome, na sede
A responsa em meu nome
E minha honra nas linhas
Eu não perderia nunca
[Verso 2: Lívia Cruz] Abro o caderno
E vejo o quanto eu tenho letra
Abro a carteira
E vejo o quanto ainda falta as nota
Vejo uns otário aí arrumando treta
Eles sabem que rua não é camarim
Aqui, eles não brota
Sinto o peso, toneladas da caneta
Sinto que o mundo
Não cabe nas minhas costas
Vejo uns abutres, famintos
Sempre a espreita
Penso que eu tô fudida
Se, hoje, a casa não lota
Preciso voltar com algum
Pra justificar minha partida
Porque ela precisa de mim lá, no lar
Então como é que lida?
Ainda dizem que aqui não é meu lugar
Sim, eu fui advertida
Problema deles é que eu vim pra ficar
Não é papo de rap, é papo de vida
Enquanto eu andei distraída
O acaso me protegeu
Agora que eu ando atenta
Pra me proteger mesmo, só eu, só eu
E só eu fiz minha corrida
Quando eu escrevi
Eles fingem que não leu
Com as armas de Jorge vestida
Praqueles que fingem que não entendeu
Cantei minha história de vida
Disseram que era um mero ataque
Com as palavras sou comprometida
Fiel ao toque do atabaque
Eles querem heroínas
Mas pra curtir lombra com baque
Cuidado onde pisa
Se pisar na mina, vai ser tipo Iraque
[Verso 3: Samantha Zen] Quando o segundo Sol chegar
A neurose já domou
A quarta parte do cérebro
Dona Ivone não vai chorar
Nem que a sua filha
Tenha que sujar o dedo dos médicos
Com sangue de inimigos
Não muito sinceros
Meu santo já falou
Para eu dominar o meu ego
Sei que dinheiro vem e dinheiro vai
Mas, do meu sonho
Eu nunca que me desapego
Me cravei na mente deles
Como os novos pregos
Taquei fogo na cidade
Eu sou a rainha Nero
Adestrando facilmente
Esses charlatões cegos
Assim como bruxas de Blair
A vingança do século
Uh baby skar skrr
Ninguém aqui ao meu redor me autorizou
Uh baby skar skrr
Foi só subir o meu cachê que isso mudou
Semblantes que eram tão frios
Como os cachorros
Oscilam a seriedade dos sentidos
Madrugada a fora a frio
Nada aqui encaixa nos livros
é, só os números da contabilidade
ECAD, muita responsa pra idade
Me dê os novos índices de probabilidade
Ecoar como miragem
Por cada canto da cidade
Que os inimigos não me toquem
Com as suas mentiras, se sufoquem
Pelo vale das sombras da morte
Quem me protege nunca dorme
E muito menos a revolta
Resistência sempre fortes, irmãs!
Skrr skrr
[Ponte: Tiago Mac] Se quiser me encontrar
Tô no mesmo lugar que cê sempre viu
Mas saio daqui toda vez que componho
Visão de cima que enxerga
Além da barreira
Tô alto igual Cláudio
Imagina o tamanho do meu sonho
[Refrão: Tiago Mac] Uma poesia de segunda-feira, eu fiz
Ainda tá cedo, deixa o sol entrar
Meu sonho não é brincadeira
Teu rosto em prantos não vai me segurar
Uma poesia de segunda-feira, eu fiz
Ainda tá cedo, deixa o sol entrar
Meu sonho não é brincadeira
Teu rosto em prantos não vai me segurar
[Verso 4: Fael Tujaviu] Meu sonho nem é tão real
Pra quem só vive de realidade
Quem será que vai tá no final
Se o momento é só dificuldade?
Inconsciente sem som nem imagem
Vida, roteiro de longa metragem
Mas teve sonho que se sonhou junto
E o olho grande matou a coragem
Não sei é vulto ou miragem
Só queria ver o Flow com 30
Se perguntarem qual é o sonho
E se ele é grande, esperam que tu minta
Entre o futebol e fugir da escola
Eu pensei no crime e sonhei com tinta
Vi uns iguais com os olhos molhados esperando, empolgado, a próxima rima
Almejou sem trabalho?
Espera sentado e paciência de monge
Dos amigos de infância
Eu não fui o mais rico
Mas um dos que chegou mais longe
Uns tão dedicados outros perturbados
Realizando um sonho que não é seu
Todos contratados e escravizados
E a corrente, ainda nem percebeu
E o maior erro é subestimar
Os que nasceram pra fazer história
Dar o melhor quando a disputa é elevada
Firme na levada, beijo na levada
E eleva a glória
Meu bonde hoje é representar
Tipo jogando os alemão
Na piscina do grêmio
Caô de Rap, eu só quero avisar
Pára Pedro, quando invade
Trás cabeça como prêmio
[Verso 5: Kayuá] Quem é alguém
Pra julgar o que eu mereço?
Nós tem valor, mas também há preço
Enxerguei um estranho
No olho de quem eu já tive apreço
Fé que não tá em terço
Me entrego por inteiro e não um terço
Ganha quem arrisca
Não importa o que cê vista
Parcelado ou à vista
Além do que vê a vista
No seu sonho, invista
Era eu, a pista e mais ninguém
CDs? mais de mil de mão em mão
Avante
Mostrei que a Norte tem seu Gigante e
Que se eu sou do tamanho do meu sonho
Eu tô bem
Linhas eternas, clássicas
Igual vinil, igual Tujaviu
Pra quem faz, falta tempo
Pra quem fala, vida é sopro
Disseram pra eu me pôr no meu lugar
Estica o pescoço
Da onde cê tá, não dá pra ver o topo
[verso 6: Lord ADL] As minhas sombras com medo de mim
A cada dia, treinando um leão
Eu nunca iria imaginar a**im
O que eu quiser
Na palma das minhas mãos
O tempo pa**a e a gente aprende
A chama apaga e a gente ascende
Tem que sofrer pra ser feliz no fim
E ter disposição, ter visão
Quem te falou que ia ser fácil, te enganou
Você calado e o mundo todo te xingando
Não viram quanto nosso bonde trabalhou
Mas se preocupam
Com o quanto eu tô ganhando
Não viu minha luta
Não comprou minha salada de fruta
Não tava lá quando a ilha encheu
Olhou o próprio umbigo e se sentiu o Deus
Entrando no final do jogo pra decidir
Escrevendo letra, fazendo história
Sonho teu, sonho meu
Sonho de 2Tey, de Bidi e de Gil Metralha
Se tivesse aqui, agora
Da favela pro mundo, da favela pro mundo
Mermo que o mundo não queira
Eu tô igual Fred Flinstone, só pedrada
Tipo Falcão, seleção, só caneta
Mais afiado que a navalha de DN
Muito mais gênio do que Kanye
Morrendo e renascendo mais forte
Igual Kenny
Meu som ardendo
Mais do que coça de Kenner
Sonhar mais do que Stan ser Eminem
Eu sei o sonho de vocês:
Que me eliminem
Não sonhamos em ser alguém
Já somos alguém
Sonhamos em poder alimentar alguém
Não viu minha luta
Não comprou minha salada de fruta
E o que eu vivi, não sabem
E o que eu ganhar, já querem
Não viu minha luta
Certamente, não vão ver a sua
Independente do seu sonho
É ter disposição, ter visão
[Refrão: Tiago Mac] Uma poesia de segunda-feira, eu fiz
Ainda tá cedo, deixa o sol entrar
Meu sonho não é brincadeira
Teu rosto em prantos não vai me segurar
Uma poesia de segunda-feira, eu fiz
Ainda tá cedo, deixa o sol entrar
Meu sonho não é brincadeira
Teu rosto em prantos não vai me segurar