Uma pedra de luz na mão Da imensidão Radiando as imagens ao meu redor Sao teus poros no manto breu E eu aqui Viajando com os pés frios no chão Minhas costas encostadas no gramado Sustentando a espaçonave do olhar A projetar-se Enquanto cruzo a atmosfera E perco o som E o rompante da atmosfera esfarela meu coração A ausência de som nos meus lábios Me transformam nessa canção E eu canto e eu canto
Sou poeira espacial Um grão de sal Sou a forma de um corpo celestial eu perdi minhas mãos Meus pés teus cafunés Mas já no espaço o teu nome vem Navegando entre cores e volumes infinitos Tão profundos onde perco meu olhar Vejo nós dois à caça das cem constelações Ao tocar em coma berenices Dá saudade de te pentear O cruzeiro do sul e o horologium Tua voz “meu bem, vem jantar!” E eu desço do espaço