[Verso 1: Nerve]
Conhecia um velho que pa**ava o tempo a andar em círculos
Sempre naquele jardim num qualquer sítio
Círculos
Achava ridículo o porquê de alguém andar na rua
Como quem anda num cubículo
Até que um dia lhe perguntei, porquê o ciclo?
Porquê viver dentro desse loop esquisito?
Não é o meu objectivo ser ofensivo
Mas que tal algo evolutivo para encher esse tempo livre?
Sei lá
Aproveitar enquanto vivo
Em vez de andar às voltas tipo um palhaço num monociclo
Pode ser ignorância minha, eu admito
Mas sinceramente, andar em círculos...
[Verso 2: Nerve]
Então ele disse
Simplesmente não fazes ideia do teu papel nisto tudo
Dá pa ver pela forma como te sentas a olhar para o mundo
Feito burro
À pesca num rio de piranhas sem conseguir entender
Porque é que a rede ganha furo
Tu sabes onde eu já tive
O que eu já tive
O que eu já vi
O que eu já vivi, eu digo-te
Tu não te iludas com o que eles impingem
Circular não é a**im tão diferente de andar em círculos
E no fundo
Todos andamos em círculos
Todos, todos andamos em círculos
Andas em círculos, tu não circulas
E até gostas disso quando te habituas
Mas tu és um desabituado, dá pa ver isso
Aviso-te que isso se prolonga até à velhice
Eu posso caminhar em círculos sozinho, mas pelo menos
Eu já encontrei o meu caminho