[NECK]
Já na casa dos 20
Com mais dois que já pa**aram
A viver uma vida
Que muitos recusaram, e recusam
Reclusos da monotonia
Que conquistaram, tropeçaram
Nos seus egos, e os sonhos se afogaram
Prego com tag na parede
Um grog ou um neck
Enquanto vou po emprego
De comboio e camionete
Penso em rap
24 sobre 7 é inevitável
Doença incurável
Que permanece estável
E vou vagueando, baseando-me
No meu estudo, vejo aprofundo
E nao fico mudo
A espera que isto mude
Meio mundo a minha volta
Diz pa tar calado
Desde a namorada à cota
Mas eu sou um Maia
Revoltado como o Salgueiro
Vejo amarem tanto o rap
Mas amam mais o dinheiro
Não mamam do meu cagueiro
Sempre senti o teu cheiro
De interesseiro lá no meio
A minha krew vem em primeiro
X4
A minha krew vem em primeiro
Eu sempre senti o teu cheiro
Eu sempre senti o teu cheiro
X2
Não sabes quem sou ?
Estás a falar a sério ?
Com sorte talvez me vejas
No perímetro do meu prédio
Faço rap intenso
Com imenso tempo e espaço
Queres saber o que penso ?
Ouve o meu som se for o caso
[BRIDGE]
Desde cedo sempre senti o teu cheiro
Procedo igual continuo leal e verdadeiro
Sem medo de ser quem sou e de não ser interesseiro
Não guardei segredo espalhei-o pelo mundo inteiro
[PRIZKO]
Espero já ter vivido um quarto
Era bom mas com vinte e quatro
Alcançar os noventa e seis
Era de reis um check farto
Ponho-me a pensar
Quero é sentido no acto
Sem descansar não descarto
Escrevo no estúdio ou no quarto
Sou estúpido e espontâneo
Este meu crânio esculpe
A titânio ataque súbito
Subo o animo absoluto
Talvez mude o aspecto ao cubo
Com potencia desfruto
Eu peco sem negligencia
Peço a Deus que me desculpe
Não por usar drogas
Porque a coisas mais ásperas
Mas por as usar sem folgas
E por dogmas em aspas
Tem dias que não me insiro
Dai as diásporas
Que servem de retiro
Pra eu alinhar os chakras
Atrás da paz há marcas
De guerras antigas
Historias dum rapaz
Sem farpas em cantigas
Vitorias merecidas
E as derrotas com figas
São vigas da vida
Que tem de ser mantidas
à força de obriga
Com orgulho na fronha
Sem que eu torça o nariz
Ou demonstre uma pinga de vergonha
Em tudo o que eu já fiz
Ou mesmo o que a vida disponha
Assumo o bagulho
Vê a minha cara risonha
X2
A tara condiz com o QI
Que em mim reside
Bem como a energia
Vê a luz que em mim incide
X2
Não sabes quem sou ?
Estás a falar a sério ?
Com sorte talvez me vejas
No perímetro do meu prédio
Faço rap intenso
Com imenso tempo e espaço
Queres saber o que penso ?
Ouve o meu som se for o caso
X2
Ouve o meu som se for o caso