[Verso 1] Estranha a espera Deixe o pensamento veloz Mas o tempo ela breca Que demora atroz A distância separa o beijo O desejo atrai e o medo Que aqui dentro o segredo cala E que logo após revela minha voz Quando diz seu nome [Verso 2] Estranha e externa Que se torna feroz Na forma expressa, demônio algoz A distância prepara o beijo No desejo não cabe o medo Aqui dentro o segredo espalha Em silêncio a sós Só estamos nós Pra pedir o que não temos [Refrão] Sei, sou eu que corro Sou só eu que sofro S.O.S é sim socorro Não morro bem nessa hora Porque agora você está chegando [Verso 3] Estranho me afeta Ele não ouve minha voz Em cheio me acerta Pendura-se cipós Fico em pé no balanço e vento Invento um lugar perfeito
O veneno que invade mata O fogo se alastra Incêndio na palha Nos reduz a pó cinzeiro [Refrão] Sei só eu não escondo Se só eu que mordo Berro, eu erro em dobro O sonho adorna O sono me acorda Você está voltando [Verso 4] Estranha faceta que entrega sem nó Exibindo a fraqueza do escravo de Jó Repetindo os mesmos erros Eros, Ícaro, meu enredo Esfinge, o meu sudário Berço casca de nós Me deu suas costas e me disse adeus [Verso 5] Estranha Matera Seca em barro e só Tem a cor do K, a letra A caverna de pó Nesse tempo que estive longe Pude ver o que existe hoje Deuses, templos, coluna e blocos A Grécia desperta seu lábio de Apolo Quero sim um beijo seu [Outro] (2X) Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia