[Intro]
Os surdos não querem que ninguém saiba
Velha história pa**a a ser nova
[Verso 1: Parteum]
Eu não visto a fantasia e pa**eio no meu carro invisível
Próximo nível só o som é visível
Indefinível como 11 de setembro de 2001
Parteum, eu trago A Jóia do Nilo
Assobio e observo como O Talentoso Ripley
No limite da minha mente onde mundos colidem
Povos se agridem
Vocês decidem qual será o final
Numa tenda no Nepal, ou lá no centro com Kamau eu rimo
Se liga, Primo! tô fazendo meus "beats"
Não dá palpite, se o a**unto é "rhima rhara" me cite
Já te disse que minha rima é um reflexo complexo
Da mágica, da lástima, da tática pra ficar vivo
Meu plano é bem maior que os prédios da berrini
Vim pra aprender, mas querem que eu ensine. supercine
Ao mestre com carinho eu dedico
Cada instrumental, cada rima, cada linha
Meu batuque é na cozinha, na sala, no quarto
Se a intenção é dar a luz meu hip-hop entra em trabalho de parto
Porque eu tô farto dos agentes do FBI, da ATF
Rimando num blefe, esperando o "cash"
Aperte o flash, todo mundo é Damon Dash na festa
E o que me resta senão me concentrar
Fazer algo que presta, fazer o bem até pra quem me detesta
[Refrão x2]
Levante se estiver sentado
Emcees daqui pra frente tudo será mudado
Eu tô ligado. uma coroa, um castelo encantado
Pro cavaleiro que vencer no verso livre o tal dragão mimado
[Verso 2: Parteum]
Eu enfio o mundo inteiro num disquete, abro a sessão e
Aumento o som fazendo "rap du bom", lutando como Qui-Gon, entenda
A força está comigo onde quer que eu vá
Numa festa em San Diego ou numa van perto da Arapuá
Vim pra mudar o panorama deste drama malfeito
Rimo direito como escravos faziam tempos atrás
Mas nunca, não mais preso as correntes
Nos olhos da serpente eu vejo a fábrica do mal do mundo
Eu não confundo, eu sacudo seu cerebelo
Mando cartas sem selo usando um mi-cro-fone de mão
Lembro de tudo como o povo brasileiro em dia de eleição
[Refrão x2]
[Verso 3: Parteum]
Ao menos tente. observe a mulher ao seu lado
Observe como todos se parecem quando o som tá ligado
Baile lotado ninguém tá parado, então eu prossigo
Defendendo minhas teses de evolução
Pacifismo, politeísmo
Mesmo à beira de um abismo ouço o som da mudança
Mesmo louco e estereotipado
Eu sei meu lado, vejo centenas de dragões mimados
Dizendo que o mundo não pertence a um quadro maior
E que a eles fora dado o direito de se acharem melhores
Eu tenho dó, mas agora me deparo com um monstro crescido
Que engana e dilacera seu melhor amigo
Minha rima é o antídoto pra sua cilada
Meu parecer é o que faltava na sua folha ilustrada
Não diga nada até que o céu mude de cor de repente
Não se anime com o sofrer deste povo carente
[Refrão x2]