Meu anjo, meu demónio, feitios competitivos
Um quer pacificar o mundo, outro quer come-los vivos
Um propaga a fé, o outro reflete a força bruta
Quando entram em conflito, prefiro não sair da gruta
Constantes alicinações, sofro em plena consciência
Na realidade vou precisar deste instinto de demência
Um chora outro ri em plena sala de urgência
Um absolveu, outro condenou com sentença
Sempre me deixaram optar, sou filho do livre arbítrio
Um controla as contas, o outro é rei do desperdício
Um têm o dom da virtude, o outro o prazer do vicio
Mas um vive para o trabalho, o outro não conhece oficio
Atraem-se mutuamente como pólos opostos
Mas um de vocês é do lucro, outro dinheiro de impostos
Vocês são obscuridão, um berço em caixão
A esperança do avanço e a crise da recessão
O bem, o mal, o anjo e o demónio, por vezes a minha mente é o interior do manicómio
Pura loucura, 100% sobriedade, caminho na corda bamba entre a malícia e a bondade
Um leva me á toa, outro puxa-me para o fundo
O 1º traz-me felicidade, o 2º deixa-me moribundo
Um da tudo o que têm, o outro é grande sumitico
Um é pouco violento, e outro, nada pacifico
O 1º é respeitador, o 2º é abusador
Um oferece-me alegria, outro só me vende dor!
De um lado, paz e amor, do outro, terror e ódio
O 1º é real e óbvio, o outro sarcástico e mórbido, sobrido
Um é remédio santo, o outro é puro ópio
Um é carisma pessoal o outro somente negócio
Enquanto um apresentei-a, o outro castiga-me
Sei que um aconselha, mas o outro desvia-me, alicia me
Ambos são pesos pesados na minha balança
Um jura me fidelidade , outro inspira-me desconfiança
Este é um lugar sombrio que a visão não alcança
O 2º aprisionou-me , o 1º pagou-me a fiança
O bem, o mal, o anjo e o demónio, por vezes a minha mente é o interior do manicómio
Pura loucura, 100% sobriedade, caminho na corda bamba entre a malícia e a bondade