Nasceu num barco pesqueiro Pescava desde menino Mestre das águas proeiro Do litoral nordestino Em roda de jangadeiro Deixou seu nome quirino Quem vive em chão de saveiro É o chão do mar seu destino Foi isso que deu-se um dia Cação virou seu veleiro Foi luta de valentia Do peixe contra o barqueiro Sangue, suor, maresia O ar ficou com esse cheiro Subia água e batia Tudo sumiu no aguaceiro
Houve arrastão na baía Do quebra-mar à costeira Do fundo nada surgia Só da jangada a madeira As moças em romaria Puxavam reza praieira No fim do sétimo dia Fez-se a oração derradeira A sua história foi bela Virou cordel seu destino Tem nome em pano de vela Verso em chegança e divino Mas uma moça donzela Teve depois um menino A cara do filho dela Era de novo quirino