Dominantes Parteum, Kamau e Rick Mais uma vez Mais Paulo Nápoli Nessa época de épicos [Verso 1: Parteum] Da mais singela flor surge a mudança de humor dos deuses do Olimpo, Desde um nove sete cinco Eu an*lizo e crio imagens tridimencionais Viagens fenomenais como contos de Júlio Verne Eu arrepio a epiderme de quem para pra escutar o que recito sobre violinos sampleados Versos livres são flagrados com meu nome na testa Em qualquer festa ou qualquer fresta por onde meu som pa**ar [Verso 2: Kamau] Pa**o a pa**o se constroi a caminhada do nada, algum lugar comum E você vê que não é só mais um Por mais que a gente pense diferente A gente sente que em algum lugar do mundo tem alguém que pense igual a gente Que olha em volta antes de andar pra frente, mesmo que lentamente E é a**im que o mundo muda Sua ajuda é importante a minha parte eu faço Marcando época no meu lote de tempo espaço [Verso 3: Paulo Nápoli] Época de épicos Inéditos no mundo mudanças em grande escala rolando a cada segundo Padrões mudando, patrões mandando povo embora Algum tempo depois as minhocas viraram cobras E hoje vejo a disputa das partes pro todo lado Já é parte do cenário como cartazes colados Ou muros bombardeados com latas de spray A vida nossa volta solta estímulos em três dimensões Diz-me quem sois que eu te digo com quem andas Nas cirandas do rap eu vivo Negativo e positivo em equilibrio duvidoso Graças à alguns palhaços mais fortes do que o Bozo Meu flow, é como fogo de água ardente na mente Ignorar não dá, é impossivel pois você sente As influências do ambiente hostil em transformação A situação em mutação provoca muita ação E reações, inesperadas, desesperadas Revoluções préfábricadas, não são nada mas do que um produto Vendável, enlatado, empurrado pelo www no seu rabo Eu roubo, a sua atenção por alguns instantes Falando de um futuro presente em alto falantes Gigantes com gigabites, gingando igual capoeira Nova era é nossa hora de fazer história e chega [Verso 4: Rick] Quem tá no jogo segue o globo, se vira se mexe Atrás de um cash não é bobo não esquece a correria Nem um troco, fala a giria todo dia, é maioria Um cara simples da periferia Rumo ao centro, sem demagogia eu tô dentro dessa fita sempre atento, alento o processo da mudança
Mas quem espera alcança Assim que a gente avança [Verso 5: Kamau] Tudo que eu faço é pra ser clássico Não sou mais um traço no compa**o Revolucionário do silêncio sem estardalhaço Pra ser palhaço nem precisa do nariz vermelho É só fazer o que não sabe sem se olhar no espelho Cabeça não é só pra ser suporte do cabelo Vê se usa o cerebelo que tem nela Seja favela ou condomínio Mantenha o seu domínio E tenta exercitar o raciocínio Pesquisando no antigo pra entender o atual E construir um bom abrigo pra esperar o seu final É o que eu quero pra mim, nem tô afim de ficar pra trás Tendo ler a distração no envelope de Anthrax Hip-hop capaz de ampliar ideias Que se transformam, um simples verso numa epopéia Que tremam construções pela cidade, pelo certo Que a**im caminhe a humanidade [Verso 6: Parteum] É de um império em ruínas que surge o novo bem mais forte Nunca conto só com a sorte pra deixar o meu destino mais bonito Acho esquisito ser o furo em estatísticas do meu país A rima é como a cicatriz que te faz Lembrar do tombo, quatro guerreiros nesse "combo" onde um Faz pelo outro e o outro faz pelo um Code-nome Parteum bem mais que um MC ou produtor eu faço por amor E, sim, aceito o desafio da mudança Quem se lança contra o bem bate num muro e morre Duro como o pão que o diabo ama**ou Vivo do que sou espero o fim da negociação, como Mulvaney num dia de cão Nessa época de épicos, líderes céticos, aumenta a desavença Entre ricos e pobres, vamos, me diga o que é ser nobre Na pobreza desse mundo que te diz como crescer O que fazer, quando morrer Eu quero mais que esse sofrer calado e penso Como o sol da morada de onde vinha os meios Perdem-se os fins, sente-se a beira de uma praia E ouço a vaia da mãe natureza Destruir sua beleza é como viver sem nenhuma certeza [Verso7: Rick] E pra tentar muitos não vão chegar, eu sei Poucos vão restar pra divulgar o que pensei Quem vai sobrar? Quem vai marca, quem vai fica? Se ninguém leva a sério quem vai te história pra contar? Então separa meu nome no seu arquivo Se depender de mim quem vier vai ter motivo E incentivo se sobra pra aprender a matéria Acabou a brincadeira, agora a coisa é séria