[Verso 1]
Amor, por favor, só me beija como se esse fosse nosso último beijo
Talvez seja o último, e eu só preciso que seja legítimo, e vejo
Que tudo é tão claro agora, tá claro lá fora, e a gente tá preso aqui
Se o mundo não tem coração, então de onde vem todo esse sangue que eu vi?
O sangue é meu, o sangue é seu, o sangue é nosso
Só posso dizer que é a**im que me sinto aqui preso em meio aos destroços
E pra eles é só um negócio, pra eles é sempre um negócio
O sistema é uma empresa que abriu capital, no final, todos nós somos sócios
Dezessete depois dos dois mil é tudo igual
Morreu três depois de três mil pra eles é tudo igual
É estatística, regra física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar
Então então num boteco de Osasco pra ver quantos corpos você vai encontrar
Eu sou o fogo pra acender, o rap é lenha pra queimar
Se os muleque quer vencer então tem resenha pra um tema
E eu sinto saudade de casa
Eu sinto saudade de casa
Eu sinto saudade de casa
[Verso 2]
Me deixa aqui quieto no canto, essa noite o Projota não tá
Sou só o Tiago da Oito, ZN é minha área e mas Deus é meu lar
Desde pivete eu vejo que eles treme se eu tô no farol e eles também tão lá
Hoje é melhor porque eu tô de Cayenne, eles treme por medo do jogo virar, e vai virar
Esse é só o resultado da minha fé inabalável
É só o resultado da minha fé inabalável
Alcancei o inalcançável, flutuei, mantive estável
Mudei a rota do rumo da vida, e pra esses arrombado isso é inaceitável
[Refrão]
Minha vida nem sempre foi tão boa a**im
E eu também nem sempre fui tão bom a**im
Quando era menor e alguém desacreditava do meu suor, eu dizia enfim
Esses putos vão ouvir falar de mim
Sim, antes do meu fim, sim
Antes do meu fim
Esses putos vão ouvir falar de mim
Sim, antes do meu fim, sim
Antes do meu fim
Esses putos vão ouvir
[Verso 3]
Porque eles acham que sabem de mim
Mas nem eu sei muito sobre mim
Quem pensa que sabe demais
Nem sempre sabe tanto a**im
Se na rua me chama de irmão e pelas costas deseja meu fim
És discípulo de Caim, Abel te manda lembranças
É o começo do fim, se o rap se mata entre si é o fim
Desisto, vamos fazer a**im:
Vocês são o rap e eu sou só um neguim
Porque já ficou muito claro pra mim o quanto todo meu sucesso incomoda
Pode dizer que isso aqui não é rap, mas seja o que for, cê vai dizer que é foda
Porque eu sei que é foda
[Verso 4]
Foi quando eu te encontrei, tentando se encontrar
Eu era um lixo, eu sei, mas você tava lá
E esses féla da puta só querem meu sangue, essas filha da puta só querem meu sangue
Cansei, cansei, cansei, hoje eu não vou sonhar
Vou ver o mundo sucumbir pelo meu celular
Jurando que eu sou consciente, mas recentemente eu tava nessa lama
Fingindo que eu era um cara diferente pra ver se essa gente finge que me ama
Nós somos o câncer da Terra no corpo da Terra, faço parte e não nego
Eu sou o resultado da soma das minhas conquistas com as decepções que carrego
Nem tudo que eu sou equivale ao que eu prego
Irmão, ontem eu era cego
Hoje enxerguei a verdade, a verdade é que nós somos carne, osso e ego
Todos tão cheios de opinião, sobre a**untos banais
Todo mundo quer provar que tem razão, eu prefiro ter paz
Eu sei que vocês querem revolução, mas só são Che Guevara nas suas redes sociais
Minha revolução é interna, tente isso algum dia pra ver se é capaz
[Outro]
Só tô tentando me entender com Deus, yeah
Só to tentando me entender com Deus, yeah
Só tô tentando me entender com Deus, comigo e com você
Sei que o universo me reserva alguma coisa
Só tô tentando me entender com Deus, yeah
Só to tentando me entender com Deus, yeah
Só tô tentando me entender com Deus, comigo e com você
Sei que o universo me reserva alguma coisa