Sofrer é tua envergadura Loucura, é você que me procura Me deixa gostar de você Me deixa atrever ter você Apesar da miséria da Inacabada cidade que não se fará Minha diva há de vir dadivosa dançar Minha musa, de mim amorosa Rapsódia, sem moda Alcançou teu cantar Expulsei o teu desprezo à minha rosa Te ver já não é suplício de amor Aturei os teus costumes de teimosa Te ver já me dá a força, que eu sei Você goza por crer Que eu devoto em vão Um abraço na multidão (Solidão se mistura) Agrura És cativa e és clausura Costura E a razão que em mim te jura
Quando o piso encher Quando o asfalto arder Deixa ter tua promessa apaixonada Sorri para me dar sentença de amor Deixa ter o teu ciúme, que te evoca Te despe do som Que à noite, na luz, se aloca E desloca a visão Sorve teu sal, salga-te a mão Te amarra à minha ilusão Destoa Carne à carne, morna e crua Garoa Desmorona a criatura Me deixa morar em você Me deixa ver a nação Danação! Emoção sobrevoa a favela É a rosa, é rocha! (É a rosa, é a rocha!) Teu barranco é pro céu que te arrasta Ao rasgar teu arranha-chão Dá cidade, dá salvação