[Verso 1] Disseram-me que eu escrevia versos brandos - Verso o pânico No universo transito Da Terra em Transe até a Santa Sangre Imerso em Torrents Raising Arizona A Dupla Vida de Veronique Esposa Turca Viva em coreano Como o Velho Kar em Dias Selvagens A Terça Parte da Noite não dormi Desatará meu dedos o Nó na Garganta Café da tarde, Yung Lean, anos 50 em evidência Eu percebi, cataloguei, reconheci os traços nipônicos Em teus cílios, formatos anatômicos Lembra um Astrolábio, frutos do pensar islâmico Não renuncio igual Sinésio de Cirene Ramos de azáleas Tuas sobrancelhas Espartilhos, rendas, unhas pontíagudas Filhos noventistas Compartilhem agulhas Nada é tão distante de Bad Boy Bubby Abasteço o tanque enquanto compras um Blunt, um Halls de melancia e um tablete de Crunch Máscaras e capas, frágeis são Design do caos é a imaginação Era de ranger os Dentes Caninos, feras, emancipem
Das drogas natalinas e suas vendas gritantes A vida será linda como foi em Elephant Jovens na quimio O Ódio é um câncer Monogamia é cárcere, mate o ciúme ou mate-se! Monogamia é cárcere! Gaspar nos une, Irreversível Carne Contra todos os cristos Matéria Prima cabe no topo dos vícios Por todas as linhas do "O Espírito" [Verso 2] Não me vi nos espelhos Sem fotos, reflexos, nomes Berros. Perros latindo lá longe O martírio do afronte, sem fontes na busca do alívio Derrapo nas curvas do íntimo As máquinas perdem o ritmo Fora do alcance das mãos e mais próximo ao lixo Caóticos ritos Horários, pontos Os próprios vícios criados em laboratórios gringos Cavalos de Turim, Bela Tarr Criam Corvos ao ar livre Decálogo e os quadros, Michael Haneke, La Pianiste Nascido pra desfazer-se ao pa**o que mais se vive O cais me livra Nos náufragos da carga viva, A Terça Parte da Noite não dormi!