Sigo um azul perdido na distância E um tempo a viajar pra outro lado É tão incerto o gesto, é como a dança De um sopro no vento, abandonado Levo as mão vazias e a vontade A força inteira do mundo a respirar Soltando dentro amarras à deriva Que me abrem braços noutro mar Vou procurar rumos só meus Sem sentir mais nada Só os meus pa**os a andar Só os meus pa**os a correr Só os meus pa**os a atravessar o mundo O sol arde no branco das paredes E o calor vai ficando para trás
Já morreu dentro de mim o punho negro De garras que apertavam sem matar Sem medo de navegar enfim a sós Sem medo do que se vê na escuridão Corro atrás das chamas leves e furtivas Sem sentir mais nada Só os meus pa**os a andar Só os meus pa**os a correr Só os meus pa**os a atravessar o mundo Corro atrás de ventos incontidos Sem ver mais ninguém Sem sentir mais nada Só os meus pa**os a andar Só os meus pa**os a correr Só os meus pa**os a atravessar o mundo