Letra: Tiago Torres da Silva
Música: Francis Hime
E se não for fado
Mas trouxer a voz do mar
Que deixa o cheiro salgado
À beira do meu olhar.
E se não for triste
Mas tiver a voz de Deus
Essa voz que em mim persiste
Quando os dias são ateus.
E se não for nada disso
Pois a minha timidez
Não o deixa ser castiço
Quando o quer mais português.
Pode ser que seja um fado errado
Que a minha alma aprendeu
Não será o vosso fado
Não será o mas é o meu.
E se não for fado
Mas correr na direcção do rio
Que banha apressado
As margens da minha mão.
E se não for negro
Mas pintar todas as cores
Que dão igual aconchego
Aos sorrisos e às dores.
E se não for nada disso
E se não for nada disso