Selvagem o corpo afoga todo o medo
Na primeira lágrima
água chorada em verde escuro pote
Yorimatã okê aruê
água chorada por milhões de olhos
Pedaços de solidão
Filha da mata tenho a preparar
Yorimatã okê aruê
Abrir caminho fazer bonita a vida
Vida que virá
Penso no escuro, por onde pa**ar?
Yorimatã okê aruê
A casa teço folhas para abrigar
O corpo já desfeito de não ser um só
E faço fogo okê aruê
Ah e espero a aurora
Eu quase dois eu mulher
Ah eu quase árvore, ah eu mulher
Sou sentinela sou sentinela
Sentinela do amanhecer
Sou sentinela do amanhecer
Matã okê aruê yorimatã
Sou sentinela e aguardo em paz
A primeira lágrima
Estou sozinha estive e estarei
Estou sozinha estou sozinha
E vou duplicar, vou multiplicar o corpo
Matã aruê yorimatã aruê yorimatã yorimatã
Okê aruê okê aruê yorimatã yorimatã yorimatã...