O que fiz de bom esqueço
Virão consequências
O que deixei de fazer
Que pesa na minha consciência
A Vida pede coerência
Na quebrada carência
Como manter paciência
Dependendo de a**istência?
Resistência, guerreiro
Se entrega por inteiro
Nosso suor não pode ir
Pra boca do bueiro
Muito mais fé que dinheiro
Não posso cair na dança
É fácil pros herdeiros
Vender falsa esperança
E por falar em esperança
Como vou acreditar
Que quem espera alcança
E não se cansa de esperar?
A vida se lança
Bem de baixo do nosso olhar
Já me diziam:
Criança, não perca pra aprender amar
Eu confesso:
às vezes me sinto perdido
Em excesso:
As dores me roubam o sentido
Atravesso
As ruas com fone no ouvido
Controverso
Meu silêncio é um grito contido
Tantas vezes sozinho
Sem muita fé no caminho
Tive a beleza das rosas
Também a dor dos espinhos
Na Noite Silenciosa
Versos, prosas um bom vinho
Como já disse Cartola:
O Mundo é um Moinho
Despertador, banho frio
Parto de bucho vazio
Levo m currículo raso
E minha face sem brio
Multa no busão
Sem dinheiro pra condução
Sob olhares me expremo
Entre a catraca e o chão
Tá firmão
Ao menos chego no centro
Usando do cinto é obrigatório
Mas não encontro a**ento
Cotidiano contraditório, violento
Aos poucos vejo minha fé ficando ao relento
Sim, senhor
Sou semi-an*lfabeto
Porque que eu deveria aprender o dialeto
De quem chegou metendo o pé na porta?
Falar que o Braisl foi descoberto
é uma puta ideia torta!
Me Mantenho ereto
Correndo pelo certo
Cultivo minha verdade
Sem jogar água no deserto
Sei a razão que existe
Em cada verso que liberto
Quando acordar
Além do olhos, coração aberto
Vai na fé, nego!
Há pessoas que não sabem aproveitar as oportunidades que tem
Há pessoas que até sabem aproveitar as oportunidades que tem
Mas há pessoas que pa**am a vida esperando uma
Antes de dar um pa**o a frente
Olhe para os lados