[Verso 1] A vida se baseia em matar ou morrer
Lobo ou ovelha? Escolhe o que tu quer ser
Só existe uma maneira pra que não te pisem
O respeito. E não se ganha, ao contrário, se exige!
O mundo é um buraco que te suga e faz mal
E se tu não for forte cai em um lugar infernal
Ao ver o sol nascer tome cuidado, por favor
Quem contar com a sorte não vai ver o sol se por, já era
Isso é guerra, cheiro de medo, não durma cedo
Arme os seus, esse é o pacto
Trem desgovernado, então prepara pro impacto
Deus fica do lado de quem atira mais rápido
Não é questão de ser ruim, nem de ser mal
Mas não confiar evita o próprio funeral
Eu já provei do amor, sei o gosto da raiva
Hoje evito tudo porque não sinto mais nada
Tomo cuidado com o que digo, com o que faço
Guardo os segredos, só confio no meu braço
E nesse enredo isso já custou minha paz
Mas antes ser julgado do que escutar “aqui jaz”
Foda-se. Sai do coma e vi quão cinza é isso aqui
Essa é a lama que querem fazer eu engolir
Putas na cama mandei embora simplesmente
Vi que uma de fé era o suficiente
O tempo é limitado e as vezes o desperdiçamos
Quantas coisas nós perdemos e nem conta damos?
Quantos sorrisos pra gente que não suportamos?
Descontando nossos erros em quem nós amamos
É foda ver que isso é um ciclo e não tem fim
Meu vô sofreu, meu filho vai depois de mim
E eu me sinto numa jaula preso numa sina escura
Com uns pensamentos que mais parecem loucura
[Refrão] Final da guerra sobram corpos nas sarjetas
O dia cai como areia na ampulheta
A noite chega e quem não morreu faz a prece
Na incerteza se outro dia amanhece
Final da guerra sobram corpos nas sarjetas
O dia cai como areia na ampulheta
A noite chega e quem não morreu faz a prece
Na incerteza se outro dia amanhece
[Verso 2] Minha mente não é um bom lugar pra eu estar sozinho
Me diz, quanto tempo leva pra encontrar um caminho?
As vezes sinto que tem dois dentro de mim no encalço
Um puxando para cima, e outro pra baixo
Mas me refaço, eu aprendi essa lição
Que ser forte a todo tempo é a única opção
Mesmo morto, por dentro resistiria
Se vida não é infinita, por que a morte seria?
Essa ampulheta personifica um inimigo
E eu sinto saudade do que queria ter sido
Então pego o álbum e começo a folhear
Me vejo na minha infância onde tudo era folia
Época boa, período curto
Onde eu achava que era foda ser adulto
Mas se eu pudesse voltaria pro pa**ado
E me avisaria que eu tava bem errado
E que todos os que eu conheci não eram os mesmos
A inocência foi extinta por dinheiro
Alguns morreram, outros foram embora
E amigos mudam tanto que não eram amigos agora
Mano, sei que o tempo não tem dono
E se você achou respostas então me explica como
Tô de outono em outono
Com medos matando meus sonhos, planos tirando meu sono
[Refrão] Final da guerra sobram corpos nas sarjetas
O dia cai como areia na ampulheta
A noite chega e quem não morreu faz a prece
Na incerteza se outro dia amanhece
Final da guerra sobram corpos nas sarjetas
O dia cai como areia na ampulheta
A noite chega e quem não morreu faz a prece
Na incerteza se outro dia amanhece