Antes pra conquistar alguém dizia-se meu bem Para provar o seu ardor coração aberto e dor Hoje tudo é diferente tudo mudou que horror Para viver um grande amor é só dizer suavemente Ah, benzinho, me dá um beijinho e te darei Uma geladeira Uma batedeira Uma nhoqueira E um aparelho de fondue Uma cafeteira Uma a**adeira Uma frigideira e um disco do cauby Une tourniquette pour faire la vinaigrette Um belo aspirador pra tirar o fedor Um lençol elétrico Lavadora automática Bicicleta ergométrica e um computador Antes se acontecia uma separação Muito chué ia-se embora deixando a louça e o fogão Hoje o que é que você quer saber quanto é o meu salário Eu tranco tudo no armário e digo daqui eu não saio Ah, benzinho, peça desculpas de joelhos
Senão eu fico com tudo pra mim Minha geladeira O meu faqueiro A minha cristaleira E o aparelho de jantar Meu aquecedor Meu ventilador Meu ferro a vapor E a máquina de lavar A tourniquete de fazer vinagrete As minhas facas ginsu E o meu jogo de pinos E se em desatino ela te xinga e chora Você põe pra fora e confia seu destino À geladeira Ao espana-poeira Ao esquenta-mamadeira Ao novo vaporetto À bandeja de prata Ao espanta-barata Ao livro do gasparetto E bem depressa você desiste dessa E aparece uma outra E mesmo que seja louca Você diz meu bem Você precisa de alguém Pra dividir despesa E comer na mesma mesa E vive-se a**im Num vai e vem sem fim