[Verso 1: CAUÊ] Eu to fugindo de umas merdas num velho Ford Bronco Todo branco, ouvindo um bom som Tiro o cinto que me aperta, jovem O.J. Simpson Omerta, juntando peca por peca Aí que eu quebro a minha cabeca, minha vida era uma festa Sou filho da imaginacao Geracao sem pensao me botam como adversario E quando me pedem um cigarro eu só tenho esse da mao Moleque do canto, do fundao da sala, das fichas de flipa, bolso cheio de bala Do olhar pra baixo, quase que nao fala, sempre revoltado, mas nunca deu pala Eu só me descobri quando me destruí Eu nunca nem ouvi quem quis me instruir Minhas bolha tava fechada pra nunca mais abrir E tudo que ganhei foram os dias que perdi Juntando peca por peca, aí que eu quebro a minha cabeca [Verso 2: Lessa Gustavo] Trancafiado em fundo raso, uma especie de calabouco
Em meio a uma nuvem de insetos cujo zombidos eu ouco Gotas de suor vem inundando esse cenario escroto Sem endereco e sem rosto, bem vindo ao fundo do poco Tempere com sal a gosto e pese esse prato de nojo Cada um carrega sua cruz, page seu imposto Fazendo o mundo de encosto, num eterno desgosto O contrario do que quem queria meu bem tinha proposto Ja que seus discursos velhos nao tem significado Ate significam algo, mas ando mt ocupado Minha mente em outro plano, minha mente em outro fato Distracao hj é ouro e eu mesmo que me maltrato Trancafiado, na propria mente eu me debato E frente as tentacoes do mundo enxergo o quanto fui fraco Abarrotado, o calabouco expoe feridas Na vitrine do hiperlucrativo mercado da vida