O chão da praça O chão de algum lugar É sempre o chão Que atrai o meu olhar A primavera brinca no jardim Mas meu inverno não tem fim Mesmo que eu gaste As tardes pra botar A casa em ordem Fica pelo ar Que o coração insiste em discordar E bate fora de lugar Mesmo que agora o sol Insista em castigar CopacabanaÉ só um momento
No fim da tarde as sombras Sempre vêm deitar na minha cama E nos meus pensamentos Os filhos vão Os netos, tudo mais E muito pouco fica no lugar Sobra um criado mudo Pra apoiar As suas fotos, meu jantar Eu adormeço Em frente da TV Ninguém me espera Nada pra fazer As tábuas correm mudas sob os pés No sonho eu corro pra você