Raillow (PrimeiraMente)
Isso é Brasil, já é tarde na favela, e a visão turva/
Tricolores armados naquela curva//
Ò a brisa esquece ela, mas só desce vela/
É que nela ta o alivio pra essa chuva//
E o frio matou, e o sol secou toda agua que ainda tinha/
Cotidiano das criança em meio a quem vende, quem usa//
É que, não há diferença praquele que rouba você com desvios/
Pro muleke a**ustado com uma quadrada debaixo blusa//
Nem ativista, socialista, anarquista, essas fita/
Mas eu não vo sai da escola como robô sendo uma isca//
Risca essas fita tudo/
Pois ha bandidos e bandidos de vários pontos de vista//
Personalidade própria e respeito, a rua ensina/
Dos tempos que vinho era combustível pra umas rimas//
Freestyle um salve a todas batalha de cada esquina/
Contra a política que julga conteúdo, disciplina//
Refrão
Acharam um culpado, tarde de sábado
Pra rua um soldado, e pra estatísticas mais um
How, pra onde vou? Estados malucos
Um mal comum na terra onde o lucro se instalou
Mas em meio a isso sei quem sou, porra
Nos contratos, fatos, contatos, fracos, a vez chegou
Pois não acho que a minha mae merece essas filas
E essas contas excessivas em uma vida em que ela tanto lutou
Guilherme Treeze
Declaro o início do corte nos corruptos
Seja bem-vindo a mais um rap escrito em transporte público
Contra falsos no púlpito, vou quente no asfalto
Eu só sou ladrão porque tomo sua mente de a**alto
E não por roubar o que tem no seu leal cofre
Se só possui dinheiro, o nobre é o real pobre
Sou o achado das vidas perdidas
Coeso, odeio papo de 1 peso e 2 medidas
A palavra aqui não faz curva
Distanciado do errado, portanto essa vai de lambuja
Única lavagem de dinheiro que fiz
Foi quando esqueci 2 reais no bolso da minha calça suja
Eu to cheio desses coração vazio
To cheio de ver expressão do que nunca se sentiu
Essa é pra aquele motorista cuzao
Que me olhou com skate na mão e fechou a porta do busão e fingiu que não viu
E mesmo a**im a gente espalha amor
Não repara cor, na batalha to
De rap sou fazedor nenhuma falha dou
Sou mais um trabalhador que trabalha a dor
E mesmo a**im a gente espalha amor
Não repara cor, na batalha to
De rap sou fazer nenhuma falha dou
Sou mais um trabalhador que trabalha a dor
Leal (PrimeiraMente)
Olhando o caos de perto eu tento me distanciar
De tudo aquilo que só me persegue a mente dá leg não sabe jogar
Onde quem serve pra matar: vira delegado e ainda é aplaudido
E quem serve pra ensinar: deixado de lado e não reconhecido
Eu acredito que tudo vai mudar
Então não fico triste se hoje o jogo não virar
Embora o tempo vai embora sempre é hora de mudar
Não chora, espera fauna e flora um novo dia vai chegar
Eu vivo onde porcos ditam regra e tem pedra em todo lugar
Em cada esquina um ponto de venda e os loko que quer comprar
Lucrar é o que importa na horta capitalista
Mas eu to fora da lista, não vou me contaminar
O tempo mostra a real que te faz acordar
Enquanto o homem cai do ceu as aves só querem voar
E ta perto de Deus não é tá em nenhuma seita
Então vai acende as vela que minha oração tá feita