Quando escurece e desce a lava Sobre o morro Dois Irmãos Brilha a montanha cravejada de uma estranha ilusão No Corcovado bóia o Cristo levitando contra o céu Tudo é febril Tudo quer ser Tudo lateja Todas as tardes, pouco antes de se despedir o sol O mar acende, prateado, quase glacial Sou atraído pelo infinito É doce, irmão, morrer no mar Morrer no mar Morrer no mar Tenho vontade de esquecer de mim E nesse instante me apagar No branco sal do mar Pela cidade erram almas Procurando um coração Tantos desejos travestindo sempre a mesma solidão Em álcool forte Em mil desnortes Em sezão Mas hoje em dia, a seu lado Algo se aplacou em mim Algo de novo, pouco a pouco Pode aparecer, enfim
Tua beleza, tua intensa luz Toda a alegria do teu corpo são Que ao meu canto dizem: "Nada foi em vão" Tua beleza, tua intensa luz Toda a alegria do teu corpo são Que ao meu canto dizem: "Nada foi em vão" Quando escurece e desce a lava Sobre o morro Dois Irmãos Brilha a montanha cravejada de uma estranha ilusão No Corcovado bóia o Cristo levitando contra o céu Tudo é febril Tudo quer ser Tudo lateja Todas as tardes, pouco antes de se despedir o sol O mar acende, prateado, quase glacial Sou atraído pelo infinito É doce, irmão, morrer no mar Morrer no mar Morrer no mar Tenho vontade de esquecer de mim E nesse instante me apagar No branco sal do mar