Dorme serena pelas entrelinhas dos meus poemas
Doce criança, quando eu te perdi o tempo era um menino
E as espécies cambrianas se exibiam pelo mar
Ainda te sinto sussurrando ao pé do meu labirinto
Minha lembrança materializada sobre as águas claras
Sem pensar lhe toco o rosto e ele não me pertence mais
Mal reconheço, do avesso, o bordado que fiei
Laço por laço, no pano do tempo em que fui rei!
Pedras dos pórticos do lugarejo de onde eu vim
Não, não se percam, não desapareçam
Só me esperem para o fim, o fim, o fim, o fim, o fim