[Verso 1: Lucas Coquinho]
Pés no chão, resitência, sofrimento, persistência
Todo ódio e violência não me fez perder minha essência
Meu rap? amor, ciência
Meu mundo é minha consciência
Que me deixa equilibrado, que me leva a delinquência
Hoje o mundo é de aparência, o amor só vive na ausência
E essa sub-existência é evolução ou decadência?
Dinheiro move montanhas, Moises hoje não abre mares
Ganância vs essências, preferências, males
O ser humano é bactéria, iludido por matéria
A morte é mais um pa**o, irmão, vida é coisa séria
Mas o ter não te deixa ser
Enquanto alguns tiver milhões pro resto vai sobrar miséria
Eu que nem bebo Hennesy, minha mente entrou em Frenesy
Já me fez cair
Com essa porra aprendi que talvez nem seja nessa vida
Eu não sei se é o inferno o que eu pa**o pro caderno
Sentimento interno, consequentemente eterno
Que nunca me deixou perder minha essência
E essa abstnência me leva ao inferno, porque? porque?
[Verso 2: Nizza]
O meu corpo pede reação
Mas só reajo quando me convém
Me mantenho afastado das cobras
E os vícios que eu tenho me deixam mais zen
Tô sabendo que tem um porém
Mas além do que vejo
Nada me convém
Nada bem eu me entrego pro tédio
Pra droga e remédio
E a fé finaliza no amém
Eu corro de novo sem rumo
Eles querem saber o motivo de tanto que eu sumo
Assumo a culpa
Levo a responsa pesado na luta
Criado sujeito noturno
Entre o inferno e famílias de luto
Entre seu terno, lama no coturno
Temos essência no final de tudo
Temos essência no fundo
Somente insisti, dilui o pa**ado
Em versos vazios que trago no peito
Curei Machucados em dias gelados
Procurei calor e achei no teu leito
Morguei nos teus peitos
Um leito de morte que vem e me conforta
Abri as comportas do inferno
Pensando que amores vazios trancavam minhas portas
Eu fiz da vida motivos pra seguir sorrindo são, sem direção
Fazendo jus da onde eu vim
Não vou deixar desejar, irmão
Não deixo desejar, minhas raízes fizeram muito por mim