Nessa cidade cê num dorme, Farelo de Pão
Nessa cidade cê num pode sonhar
Ce já viu quando o horizonte mistura as cores
E faz tudo ser um só azul de encantar olho?
Cor de desanuviar pensamento?
Eu queria o mundo fosse todo azul e todo apa**sarado
Eu queria o mundo fosse mais que só essa cor
Isso de enxergar mundo de um só tom
Endoida, viu?
De enxergar mundo em tom de mato, virou folha
Agora só convive de árvore
Vê?! Vê se num é efeito invertido
De quem só enxerga mundo em tom de concreto?!
Isso de enxergar mundo em um só tom
Endoida, viu?
O mais que muda é que mais garantido de azul
é quem desvive de árvore que quem despedaça em concreto
Que isso de enxergar mundo em um só tom, endoida, viu?
Nessa cidade, cê num dorme farelo de pão
Nessa cidade, cê num pode sonhar!
Que eu queria pescar mundos pássaros
Por sobrevoos em mundos concretos
Eu queria o azul desse instante lançado como isca
Garantia por sobre o futuro
Eu queria o azul código eterno para vôos, sobrevoos de alguma canção de
Paz que formule silêncio
Eu queria o céu me desse um balão pra eu embarcar os seres calados
E os seres de medos e os seres que sonharam arco-íris
Mas não puderam sentar pra ver quando ele chegou
E os seres miúdos e os seres que fabricam a harmonia invisível da vida
A harmonia invisível da vida, Farelo de Pão!
Eu queria o balão enfeitado de cores e
Possível de chegar feito cosquinha nos vãos de nuvem pra cada um
Tatear teu sonho pra cada um lamber sua cor
A verdadeira cor do mundo púrpura cor
E a**im dormiríamos vôos contentamentos vôos vôos vôos voos
Nessa cidade, cê num dorme, Farelo de Pão
Nessa cidade, cê num pode sonhar
Se
Se fosse céu, chovia
Se fosse eu, falava
E eu queria
Eu queria
Fosse um balão de me caber
Eu queria, eu queria
Um balão de me caber
E lá podia sonhar, lá podia sonhar
Lá podia, lá podia, e lá podia
Eu queria
Um sonho pequenininho
Era um balão
De me caber
Eu queria caber
Num sonho pequenininho
Era um balão
Nessa cidade, cê num dorme, Farelo de Pão
Nessa cidade, cê num pode sonhar