1. Oh pátria nunca mais esqueceremos o tempo inteiro
Os ditos heróis do 4 de Fevereiro
Oh pátria nós saudamos os teus filhos em comum
Tombados supostamente desde 61
Oh pátria os teus filhos vivem decepcionados
Com as pessoas que são confiadas responsabilidades de Estado
Oh pátria! Viva a “DEMOCRACIA” que escorre pela pia
Viva os que vivem, e sobrevivem com apenas 1 dólar por dia
Viva as mortes encomendadas em silêncio e a sós
Desde o 27 de Maio até os dias de hoje
Viva a arrogância política do partido no poder
Que enriquece de forma ilícita e manda o povo FODER
Viva o futuro sem futuro para além da humilhação
Viva a redução dos salários e a constante demissão
Viva todas estas pessoas que muito louvo
Que por ironia da história, os conheço como “POVO".
REFRÃO: Onde há medo a liberdade não prevalece
Onde há segredos a verdade empobrece
Onde há ódio, a violência faz o seu império
Onde há mágoas, tudo é dor, tudo é desespero
2. Orgulhosos lutaremos pela paz do paludismo
Contra as forças progressistas do nepotismo
Viva as massas imensuráveis e deploráveis
Cujos lares, cujas casas são bairros miseráveis
Cujos salários paupérrimos somem imaginários
Passam das mãos dos empresários para as mãos dos usuários
A democracia deve conduzir o planejamento econômico
De preservar a liberdade de escolha do cidadão ao máximo
Etimologicamente a responsabilidade
É o ónus intrínseco da autonomia e da liberdade
O sistema é carnívoro, o sistema tem esquemas
De investir no medo, e na pobreza extrema
Polícias e políticas são a fatia do mesmo bolo
Patrulham as comunidades com filosofias de controlo
E vamos perdoá-los, para que possamos cantar?
Ou vamos libertá-los, para que possamos nos libertar?
REFRÃO: Onde há medo a liberdade não prevalece
Onde há segredos a verdade empobrece
Onde há ódio, a violência faz o seu império
Onde há mágoas, tudo é dor, tudo é desespero
O 4 de Fevereiro de 1961 marca supostamente o início da luta de libertação nacional, que levou até a independência aos 11 de Novembro de 1975, mas infelizmente não à paz. Até 2002, viu-se uma sucessão intermitente de guerras. As razões da impossibilidade de conciliação entre os movimentos de libertação têm sido fartamente discutidas pela Historiografia, que aponta vários factores internos e externos. O partido dos camaradas melhorou e perpetuou a sua imagem com as migalhas financeiras, assistenciais, militares e diplomáticas das potências mundiais e seus respectivos aliados. A história deve ser escrita e contada novamente, mas desta vez, sejamos realistas, dizendo a verdade, apenas a verdade.