Quem Te roubou o inocente jardim Tuas faces de rubras maçãs Teu condão Talismã Quem levou Nossas verdes manhãs de sol Tardes sem fim Inventou a distância cruel Levou a linha, a vareta e o papel Lavou o céu Secou o mar Jogou nuvens de areia nos olhos Muralhas de pedras
Brilhantes que furtam a visão Como um deus ateu Vaguei vagabundo Morei num barril Andei condenado A viver buscando Cana de açucar Duna de sal Moinho de sonho Usina do amor No torvelinho Na febre no frio Não se perdeu Nosso ébrio navio