Inspirado pelo filme sobre a trajetória de seu grupo N.W.A, Dre anunciou a chegada de um novo álbum. Infelizmente, junto com essa notícia, tivemos o fim de um projeto desejado por muitos fãs de rap: apesar de muitos rumores ao longo dos anos, Detox não será lançado.
Retornando às notícias boas, com o título Compton: A Soundtrack by Dr. Dre e uma tracklist com nomes de peso - e novatos -, os fãs já antecipavam um excelente álbum, talvez, até, o melhor do ano. Se essas expectativas seriam alcançadas, só saberíamos com o lançamento. Mas uma coisa é certa: esse é um dos discos mais importantes do ano, até agora. Análises: Depois de 16 anos desde seu último álbum, Dre, que foi um dos meus primeiros ídolos no rap, droppa Compton, que é um trabalho sonoramente mais atual. Cê vai perceber influências pesadíssimas de trap por todo o projeto, caixas super fortes e drums que te dão goosebumps, sem deixar o som da west coast de lado, onde, em meio aos drums, cê pode ouvir alguns horns, ou strings, que te lembrem a faixa de algum rapper de Cali. Liricamente, o álbum é muito bom, até porque Dre sabe das suas limitações de escrita, e conta com um belo time de co-escritores e ghostwriters em seus álbuns; nesse não foi diferente. Devo falar, ainda, dos features, que sempre estão presentes nos álbuns do vovô Dre, e ajudam a carregar o projeto. Mais uma vez, Andre consegue tirar o melhor de cada artista pro seu projeto. Ter 16 artistas no álbum (sem contar produtores) e todos eles fazerem bem a sua participação é algo incrível. Na outra mão, algo que me decepcionou foi a falta inovação que marcou os seus projetos anteriores; eu senti falta de um som novo, algo que realmente fosse inovador pra cena, e não só pro próprio Dre, já que é evidente que ele se reinventou com Compton. Nota: 9/10 - Vinar (Rap Sh!t) Dr. Dre nos presenteia com mais uma grande obra vinda das ruas de Compton. O disco Compton: A Soundtrack, que a princípio serviria como a soundtrack do filme do grupo N.W.A., se tornou algo muito mais interessante do que apenas um disco de trilha. O álbum tem mais pontos positivos do que negativos, mas certamente não é o verdadeiro disco de Dre que estávamos esperando. Ele não supera 2001, e não chega aos pés de The Chronic, mas é extremamente interessante para o nosso cenário atual. Os destaques ficam pelos versos de Eminem, Snoop Dogg, Game e Kendrick Lamar; a grande surpresa é o artista californiano Anderson .Paak, que com uma mistura de R&B/rap participa de inúmeras faixas do disco. Compton é um dos principais frontrunners entre os candidatos a melhor disco do ano, e isso não promete mudar até o fim de 2015. Nota: 8,5/10 - AkaJoe Após intermináveis 16 anos, Dre está de volta ao jogo - e em grande estilo. Comecemos pela arte do álbum. Que capa é essa, mano? Ela só me fez ficar mais ansioso pela chegada do trabalho novo dele. Com a presença de grandes nomes - todos descobertos pelo próprio Andre ( com exceção de Cube, que estourou mundialmente junto ao doutor) - da cena americana, como Eminem, Ice Cube, Snoop Dogg, Kendrick Lamar, Game e Xzibit, o lirismo do álbum é impecável, com todas as faixas possuindo esquemas de rima complexos. A produção dispensa comentários, só provando que o Good Doctor realmente merece ser considerado um dos melhores produtores da história. Dre está sonoramente mais atual, poderoso e intimidador. Compton é mais que uma trilha sonora, é algo que o rap estava precisando. É o retorno - e talvez, infelizmente, fim - de um dos mais influentes nomes de todos os tempos, não só do gênero, mas, sim, da música, em geral. De fato, não chega aos pés de The Chronic e 2001, mas é, sem dúvidas, espetacular e um grande marco no rap mundial, além de um seríssimo concorrente a álbum do ano. Nota: 9,5/10 - sixteenbars Veredito Final Não é o esperado Detox, mas Compton sem dúvida atende a vontade dos fãs terem um projeto do Dr Dre. Inspirado pela produção do filme da N.W.A, Dre mostra atualidade nas produções sem perder sua marca. Além disso, as rimas não decepcionam, os veteranos estão na sua melhor forma e os novatos mostram que vieram para suceder com bastante respeito a geração pa**ada. Sem dúvida vai ser a trilha sonora de muitos ouvintes. Média das Notas: 9