Na sua reestréia na cena, Fashawn nos apresenta seu novo projeto em uma nova casa, Ma** Appel a gravadora do lendário rapper Nas que também é o produtor executivo do projeto. The Ecology é o segundo álbum do MC após um hiato de 5 anos desde o lançamento de Boy Meets World, muito bem recebido por críticos e fãs.
Neste álbum, Fashawn busca explorar o conceito de ecologia, apresentando as influências do meio em que cresceu na sua vida. O projeto ainda conta com a participação do seu novo mentor e alguns outros nomes conhecidos, como Aloe Blacc e BJ the Chicago Kid. Em termos de produção temos novamente um álbum onde Exile tem uma influencia muito grande. Análises: Esqueça rimas pesadas sobre tráfico de drogas, carros, mulheres, e foque na ecologia. Essa é a premissa de Fashawn em seu novo projeto, o disco The Ecology, lançado pela Ma** Appeal. O projeto traz um conceito simples: tudo é conectado, coisas, pessoas, lugares. Tudo isso graças a “ecologia”. Suas decisões afetam não só a você, mas também o mundo em sua volta. Profundo e complexo, The Ecology é o sucessor do único disco solo do rapper de Fresno, CA, o aclamado projeto Boy Meets World. Com a maioria das produções vindas de Exile, como no primeiro disco, aqui o rapper pinta o retrato menos introspectivo, e mais grupal – em um sentido em que o disco prega um conceito não-individualista.
Melódico, em muitas horas do projeto o rapper canta junto a um coro fazendo um ótimo refrão, ponte, outro ou introdução para música. De faixa a faixa, vemos Fashawn rimar sobre a influência do Hip Hop na sociedade, citando clássicas letras de faixas como “How High (Method Man & Redman)” e referenciando o seu trabalho com caras como Rakim e Nas. Porém… sempre há um porém. O disco tem partes repetitivas, que cansam os ouvintes por soarem muito parecidos. Isso estraga um pouco da experiência de ouvir The Ecology. Fora isso, o rapper conseguiu captar uma essência bem californiana, sem ser em um “estilo gangsta” como é comum na região. Não é à toa que é apadrinhado por caras como Evidence, que reinam no underground da Costa Oeste. Nas colocou o seu nome na produção executiva do projeto, e podemos dizer que ele não errou ao a**inar com o rapper, ou aprovar o conceito. The Ecology é um belo disco, e Fashawn continua na sua maior e melhor forma.
Nota: 7,5/10 - AkaJoe A pressão que traz uma a**inatura pode derrubar o processo criativo de muitos artistas. Principalmente significando um vínculo contratual – e também de confiança, em certo sentido – com um veterano da cena como o rapper Nas. Se essa pressão existiu, eu não a vi no desempenho de Fashawn. O artista conseguiu sustentar um bom álbum do primeiro ao último snare, e o fez com um talento que não se encontra em qualquer região da Califórnia. Penso que a qualidade artística do rapper cresceu muito com a experiência de gravar com uma boa estrutura e rodeado dos melhores.
Os refrãos dão um show à parte. Cantados principalmente por participações e samples, eles representam boa parte do valor musical que existe nas faixas. Alguns são simples, outros mais elaborados. Mas todos transbordam melodia e musicalidade em uma obra que marcará a discografia do rapper. Entretanto, é preciso entender o trabalho como ele é: não há genialidade. Achei The Ecology um bom trabalho de rap, onde vi seu compositor crescer nas faixas reflexivas/calmas e não ultrapa**ar o mediano em faixas mais festivas. Pa**a disso numa análise muito otimista. Em resumo: vale a ouvida se você for interessado em hip-hop e não estiver procurando o álbum do ano.
Nota: 7/10 - RaulMarquesRJ Não acompanhava o Fashawn já fazia algum tempo, mas o envolvimento do Nas me chamou a atenção ao projeto. Uma ótima surpresa. The Ecology não chega no mesmo nível do primeiro álbum do rapper, mas essa reestreia chega muito perto. No decorrer das faixas o MC discute as coisas que influenciaram em sua vida, em geral elementos que estão inseridos nas periferias ou guetos e que podem ser encontradas em qualquer lugar do mundo, seja o tráfico de drogas, a ausência de uma figura paterna ou o preconceito.
Exile, o produtor e amigo de Fashawn, novamente está envolvido em peso no projeto e a**ina a maioria das faixas. Mesmo outros produtores envolvidos também mantém mais ou menos a mesma cara na produção, um boom bap clássico com forte influência do soul. Gostei da maioria das faixas e o projeto que como um todo é bastante consistente, porém o ponto negativo que posso destacar e que pode incomodar alguns são os refrãos - não é algo que tira o meu interesse de álbuns ou de artistas, mas consigo entender perfeitamente se alguns não gostarem destas músicas por causa deles.
Nota: 7,5/10 - kray Veredito Final The Ecology não é como outros excelentes projetos que tem sido lançado esse ano, afinal ele não teve a mesma atenção e destaque deles. Porém, não é um álbum a ser ignorado. O retorno do MC de Fresno sob orientação de Nas é sem dúvida uma boa jogada, tanto para Fashawn quanto para a gravadora Ma** Appel que começa a dar os primeiros pa**os. Além disso, o álbum mantém o ótimo começo de ano para o rap, que vem nos apresentando projetos extremamente variados e com muita qualidade, desde as produções até as temáticas e letras. Em 2015 tem rap para todos os gostos. Contudo, um ávido ouvinte do gênero não pode deixar um projeto como esse pa**ar despercebido. Média das Notas: 7,3