[Verso 1: Filipe Ret]
Já comecei a subir e não vou mais descer
O que me destruiu farei desaparecer
Melhor me deixar quieto pra coisa não feder
Eu conheci o inferno, não queira conhecer
E uma vez lá, sempre um pouco lá
Agora poucas coisas podem me fazer chorar
Perdi o prumo, eu vivo em fuga
Agora eu bebo e fumo pra ignorar
Me desfazendo em verso,s em meu cinismo
Em meu deboche, em meu pessimismo
Chame de suicídio, rótulos são em vão
É na luz da perdição que eu me encontro e vivo
Ontem matei uma garrafa de whisky
Já não sei se ando feliz ou triste
Perdido eu sempre tô, meu amor, não desisto
Sou mais uma vítima desse mundo promíscuo
[Refrão]
Esse é o preço, sustenta irmão
A luz da perdição
[Verso 2: Daniel Shadow]
Caminho devagar e sempre
Sei que tô sozinho, não sou inocente
Vejo pouco a frente, já que só se vive o presente
Perdia pois lutava contra mim mesmo, mas não conhecia o oponente
O que move a montanha não é a fé, é a falta que ela faz
Visitei a paz, mas preciso da guerra
Firme igual pedra, sou fruto de cada segundo de treva interna
Mesmo sorrindo, preciso daquela tristeza sincera
Fingir é venda, entenda sistema que ri, não governa
Me ergui como fênix na noite negra ônix
Escrevi meu destino com sangue nos olhos em cada milímetro dessa caverna
Nem início, nem fim, a linha que existe entre o bem e o mal eu vi
Segui no que creio sem pistas, fugi de ceitas, receitas, tô cheio
Verdade é ponto de vista, não é ponto final
Ganhei e perdi com os meus
Falei com Deus sem terço
Paguei o preço tchau
Histórias que não tão nos livros
Morremos pela busca
E só por ela continuaremos vivos
[Refrão]
Esse é o preço, sustenta irmão
A luz da perdição
A luz da perdição