[Intro]
É, ladrão
Instituto outra vez de pé
Sabotage, mano Ganjaman, aí
Cannabis na ativa, cannabis sativa, pode crer
Sapotone, sapo, meu mano, não se esconde
Pode crer, a gente é a**im, aí
É tipo um tédio, parceiro Tejo, é nóis na fita
O lado certo, vamos chegar
Favela outra vez está no ar
[Refrão]
Sai da frente
Do mar, não tá pra peixe, entende
Minha gente, quem não for do corre, sai da frente
As águas, sei, tão turvas
Aqui ou no Oriente
A fome em Sampa arruína, esmagadora, brava gente
Click-clack-bang
Sai da frente, gente
Bala perdida é igual cadeia: a dor ardente
Me disseram: o sol nasceu pra todos
Pra quem será que dizem, mano?
Pra nós, os pobres, ou pro simples tolo?
[Verso 1]
Paz a quem fica na favela, a guerra é pros loucos
Um limbo dos doidos, um toldo para os porcos
E lá, a cla**e esmagadora que supera, é o povo
Disseram: "esquece!", se dando, se recebe
A guilhotina na favela é o 12, é 157
Posso fugir ou mentir, fazemos coisas ruins
Mas se pintar ti-ti-ti, logo o estopim vai cair
Então por que reclusão?
É bem melhor o perdão
Sai da frente, o promotor disse "não"
[Interlúdio]
O réu unanimemente acusado
Foi declarado culpado
[Refrão]
Sai da frente
Do mar, não tá pra peixe, entende
Minha gente, quem não for do corre, sai da frente
As águas, sei, tão turvas
Aqui ou no Oriente
A fome em Sampa arruína, esmagadora, brava gente
Click-clack-bang
Sai da frente, gente
Bala perdida é igual cadeia: a dor ardente
Me disseram: o sol nasceu pra todos
Pra quem será que dizem, mano?
Pra nós, os pobres, ou pro simples tolo?
[Verso 2]
Momento exato pra se lembrar dos fatos
É, o que deu de errado?
Hoje, o trancado está trancafiado
Agora em cela fria, tirando 8 e 4
É, sai da frente, minha gente, quando a chuva cair
Não vá se desesperar
Já tava escrito, é a**im
Quem nasce preto ou branco pobre joga o jogo da glória
Guerreiro, nasceu guerreiro, encara a trajetória
Então acorda, levante, erga-se
Raciocine e lute pra sair daqui com liberdade
O mundo pode ser melhor que eu vi
Melhor que a convivência, aqui, olha pra mim
Sou igual a ti
De carne e osso eu vim, rumo ao itinerário, ser feliz
Sem ti-ti-ti, eu quero progredir
Pra mudar, aqui, temos que partir juntinho
A união transforma em força
Move gente de tantos países
Educadamente, inteligentemente, sai da frente
Hoje, eu quero ver meus manos mais cientes, possível
Sempre, sempre presente e consciente
[Refrão]
Sai da frente
Do mar, não tá pra peixe, entende
Minha gente, quem não for do corre, sai da frente
As águas, sei, tão turvas
Aqui ou no Oriente
A fome em Sampa arruína, esmagadora, brava gente
Click-clack-bang
Sai da frente, gente
Bala perdida é igual cadeia: a dor ardente
Me disseram: o sol nasceu pra todos
Pra quem será que dizem, mano?
Pra nós, os pobres, ou pro simples tolo?
[Verso 3]
Quem é, me entende
Você que está aqui tratado como gente
Sempre pense, faça algo
Ou então patente
O homem nasce, cresce, cria o filho e aprende
Senhor, me leve pela dor
Me tire da serpente e eu vou
No erro, me sentir, perdão eu quero
Só espero não pôr dentro da Bíblia, um dia, um berro
Sei que o que vejo aqui é feio
Deixa trêmulo, é muito feio
É a fusão, a fome e o medo insano
Inodoro, não tem cheiro
Sai da favela, invade a cadeia adentro
A raiva invade o ser humano e infeta o ar e o vento
Deixa a luz daqui, morre os de lá como se fosse certo
Procure sempre andar com Deus, dispense o ferro
Deus pai, Deus filho, em Deus eu creio
Então, que eu faça o certo
[Outro x3]
Sai da frente