Um mistério de amor Renasce no momento Em que atravesso a porta do teu apartamento O silêncio profundo de teus olhos em brasa Os respingos da chuva, o relógio que atrasa E sentados no chão num dilúvio de sonhos Bebendo a explosão de soluços risonhos Corremos pelo trilho da cortina fechada
Enfrentamos o brilho da vidraça molhada Tuas taças azuis tua boca escarlate Meu terror me conduz, cão que morde não late Quando eu despertar na escuridão Procurando pedaços de razão Deixa a chave na porta por favor Que agora eu vou fugir Pra não morrer de amor